Apesar de controverso, Armando Marques foi um dos maiores árbitros da história do futebol

Acervo Estadão/Estadão Conteúdo - 17/09/1967 O árbitro Armando Marques conversa com Pelé durante clássico entre Santos e São Paulo

Na coluna de ontem do “Memória da Pan”, destaquei a primeira edição do Jornal de Esportes, que entrou no ar no dia 13 de janeiro de 1975. Em março daquele ano, um dos convidados do programa foi o polêmico árbitro Armando Marques (1930-2014). No início da conversa, o narrador e apresentador Osmar Santos destacou a dificuldade que a produção do programa vinha encontrando para conseguir entrevistar o juiz do Rio de Janeiro. 

Na época, Armando Marques tinha 23 anos de profissão e não titubeou ao criticar dirigentes e citar as dificuldades para que novos jogadores fossem revelados. Em inúmeros momentos, a entrevista parece mais atual do que nunca. O árbitro ressaltou que o futebol enfrentava problemas táticos, dando a entender que estava falando sobre o excesso de defensivismo. Ele citava ainda a exploração econômica e política do esporte. “Uma Copa tem mais importância política do que sócio-desportiva”, analisava.  

Na entrevista à Jovem Pan, Armando Marques fez uma comparação entre o futebol de São Paulo e do Rio de Janeiro. Na época com 45 anos de idade, ele retrucou quando questionado por quanto tempo mais gostaria de trabalhar com árbitro: “Após 45, precisa atuar com permissão, entende?”. Armando Marques, que fazia parte dos quadros da Fifa, considerava exagerada a data limite de 50 anos. Fausto Silva, repórter da Jovem Pan, questionou Armando Marques sobre o que iria fazer depois de se aposentar. Uma das possibilidades seria virar comentarista, o que efetivamente aconteceu anos depois. Vale a pena conferir:

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*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.