Ghiggia, carrasco brasileiro na Copa de 1950, sempre demonstrou muito respeito com o futebol da seleção nacional

O ex-jogador jamais culpou Barbosa pelo gol que calou o Maracanã

  • Por Thiago Uberreich
  • 16/12/2024 11h00
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ASSOCIATED PRESS O jogador Alcides Ghiggia, do Uruguai, comemora após marcar gol durante a partida contra o Brasil, na final da Copa do Mundo de 1950 O jogador Alcides Ghiggia, do Uruguai, comemora após marcar gol durante a partida contra o Brasil, na final da Copa do Mundo de 1950

Na coluna passada, falei da presença de Zagallo no Maracanã, no dia da partida decisiva da Copa de 1950, entre Brasil e Uruguai. No ano 2000, quando a derrota da seleção nacional completou cinco décadas, tentei encontrar o telefone de Alcides Ghiggia, carrasco da equipe comandada por Flávio Costa, para uma entrevista. Liguei da redação da Rádio Eldorado, onde eu trabalhava, para jornais uruguaios na tentativa de localizar o ex-jogador. 

Já existia internet e não foi complicado achar os portais de algumas publicações do país, como “El País”. Consegui o telefone de Ghiggia, autor do segundo gol que calou o Maracanã em 16 de julho de 1950. Nascido em 22 de dezembro de 1926, ele estava com 74 anos, foi muito simpático e concordou em conversar comigo.

Durante a entrevista, o ex-jogador demonstrou o mesmo respeito que sempre teve pelo futebol brasileiro: “No futebol, ganham os onze e perdem os onze. A culpa pela derrota não foi do goleiro Barbosa”, ressaltou. Ao descrever o lance fatal que resultou no segundo gol da “Celeste Olímpica”, Alcides Ghiggia reconheceu que o chute dele saiu prensado e a bola entrou entre o goleiro Barbosa e a trave. Vale a pena conferir essa gravação histórica. 

Ouça a entrevista com Ghiggia

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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