O ‘Rei de Roma’ foi o ‘Rei da elegância’ em campo e ajudou um dos mais tradicionais times italianos a sair da fila de títulos
Paulo Roberto Falcão ganhou destaque na conquista do ‘Scudetto’ na temporada de 82-83
Nos últimos dias, você acompanhou no “Memória da Pan” uma série sobre Pelé. Agora, gostaria de usar esse espaço para destacar um outro Rei, o de Roma. Paulo Roberto Falcão nasceu em Santa Catarina, em 16 de outubro de 1953, mas marcou época no Rio Grande do Sul, com a camisa do Internacional de Porto Alegre. No começo dos anos 80, foi para a Itália defender a equipe da Roma. Volante habilidoso, o jogador é lembrado até hoje pelas apresentações que fez na Copa de 1982, na Espanha. A seleção brasileira foi eliminada pela Itália, por 3 a 2, no Estádio Sarriá, mas as apresentações de Falcão foram memoráveis. Com uma elegância invejável, ele trazia a experiência europeia para a equipe canarinho.
Depois da eliminação na Copa, Falcão voltou à disputa do campeonato italiano. A Roma foi campeã nacional da temporada 1982/1983, título que não conquistava havia 41 anos. O atleta entrou para a história por um feito incrível que até hoje é lembrado pelos torcedores locais. O apelido de “Rei de Roma” foi dado a ele com toda a justiça.
A Jovem Pan acompanhou, claro, a carreira de Falcão que ainda vestiu a camisa do São Paulo Futebol Clube. Revirando os nossos arquivos, encontrei uma entrevista que ele concedeu no dia da conquista do “scudetto” pela Roma. Nesse áudio raríssimo (ouça abaixo), Falcão conversa, por telefone, com um outro gênio do futebol brasileiro: Sócrates, companheiro dele na inesquecível seleção de 1982.
Paulo Roberto Falcão admitiu que o título italiano foi uma façanha praticamente impossível. A campanha da Roma teve partidas memoráveis, como a goleada sobre o Napoli: 5 a 2. A taça veio depois do empate por 1 a 1 contra o Genoa, na penúltima rodada. Lembrando que, após pendurar as chuteiras, Falcão comandou por quase um ano a seleção brasileira. Ele assumiu o cargo após o fracasso na Copa de 1990, na Itália, e deu chance a inúmeros atletas que nunca tinham vestido a camisa amarela, como Cafu, Márcio Santos e Mauro Silva, que foram tetracampeões, em 1994. Falcão é um craque que merece todas as reverências.
Falcão conquista o título italiano e fala à Jovem Pan
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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