Tarcísio age à revelia de cúpula do Republicanos e segue conselhos de Malafaia e Valdemar

Radicalização do governador causa decepção no núcleo principal do partido, que teme afastamento; atitude foi classificada como ‘lamentável’

  • Por Victoria Abel
  • 09/09/2025 11h11 - Atualizado em 09/09/2025 11h14
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Leandro Chemalle/Thenews2/Estadão Conteúdo O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), discursa durante ato na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo (7) Tarcísio de Freitas falou em "tirania" do ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante discurso na Avenida Paulista

A postura de radicalização do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, demonstrada em discurso no 7 de Setembro da Avenida Paulista, foi tomada sem consulta à cúpula do partido dele, o Republicanos. De acordo com aliados, Tarcísio teria debatido a estratégia com Silas Malafaia, organizador da manifestação, além do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.

No último domingo, o governador afirmou que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”. A fala provocou reação de ministros, como Gilmar Mendes, que saiu em defesa do Supremo Tribunal Federal (STF).

Integrantes da cúpula do partido Republicanos avaliaram a postura como “lamentável” e disseram que Tarcísio não debateu com ninguém da legenda a estratégia de “radicalizar” o discurso. O afastamento pode indicar que o governador esteja mais propenso a seguir para o PL e se aproximar da base bolsonarista.

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Na semana passada, o governador jantou com o pastor Silas Malafaia e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), para discutir estratégias para o 7 de Setembro. O encontro irritou membros do Republicanos.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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