Como é que Dilma troca um ministro para atender aos interesses de quem assalta a Petrobras?

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2015 19h44

Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de 1.472 unidades habitacionais dos Residenciais Bela Suíça II e III Roberto Stuckert Filho/PR - Divulgação Presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de 1.472 casas do Minha Casa Minha Vida em Aragui - MG

Pergunta: O que é que tem a ver a substituição de Mário Negromonte por Aguinaldo Ribeiro com a sorte de Dilma na Presidência da República?

Resposta: No meio desse noticiário absurdo, da roubalheira na Petrobras, aparece uma notícia que tinha de ter provocado muito mais espanto do que na verdade está provocando.

Alberto Youssef, segundo o jornal O Globo, afirmou na sua delação premiada que o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, que concentrava recursos, teve de deixar a pasta forçado pelo PP, o partido dele, na substituição por Aguinaldo Ribeiro. Quem fez essa substituição foi Dilma Rousseff, presidente da República.

Ela pode dizer que a culpa é do PP, que faz parte da cota do PP no apoio a ela. Acontece que a chefe do Ministério é a presidente da República; quem troca ministro é a presidente da República, e como é que a presidente da República troca um ministro por outro para atender aos interesses de uma quadrilha que estava assaltando a Petrobras? Mario Negromonte e Aguinaldo Ribeiro, aliás, estavam juntos no mesmo crime. Crime de cobrança de propina, servindo ao governo Dilma.

É por essas e outras que ganha muito valor o artigo de Carlos Heitor Cony, “Renúncia ou impedimento”, na página dois da Folha de São Paulo de domingo. Carlos Heitor Cony começa comparando Dilma ao Marechal Göring, segunda autoridade do regime nazista – o único superior dele era Hitler. “Era um sibarita”.

Herói da primeira guerra mundial como piloto, respondeu em Nuremberg dizendo que não tinha culpa, que apenas cumpria ordens para pilotar avião, e nem ficou sabendo que as pessoas subordinadas a ele fizeram o holocausto e mataram 100 milhões de judeus. Cony conecta essa história à história de Dilma, que não sabe de nada, e de Lula, que também não sabe de nada do que aconteceu embaixo do seu nariz, e do seu bigode no caso do Lula.

Cony, acadêmico e ex-resistente contra a ditadura militar (chegou a ser preso), termina seu artigo dizendo: “Bastam os exemplos de Tiradentes e, em outra hipótese -Deus não nos castigue!-, a solução macabra de Vargas”. Vargas, como se sabe, no meio de um mar de lama semelhante a esse de Dilma, meteu uma bala no peito e partiu da vida para ficar na história. Fica a citação.

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