Conflito israelo-palestino chegaram a São Paulo; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 16/07/2014 10h41
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Reinaldo, ecos do conflito israelo-palestino chegaram a São Paulo?

Sim, e de uma maneira não muito boa. No fim da noite desta terça, um eco do conflito israelo-palestino se fez ouvir numa pequena praça de São Paulo, no bairro de Higienópolis, que concentra boa parte da comunidade judaica da cidade. Um grupo de muçulmanos e simpatizantes resolveu organizar um protesto em favor dos palestinos e, claro, contra a ação israelense na Faixa de Gaza. Sabem o local escolhido para o ato? Nada menos do que a Praça Cinquentenário de Israel ― onde, diga-se, se queimou uma bandeira do país.

Muçulmanos e judeus convivem harmoniosamente no Brasil. Parece que há os que não se conformam com isso e querem importar para o nosso país a política do ódio. Só isso pode explicar o local escolhido para o protesto. As mistificações correntes na propaganda palestina e que se espalham pela imprensa ocidental, inclusive a nossa, também estavam na praça. Ali e em toda parte a desonestidade intelectual tenta opor um único morto israelense aos estimados 190 mortos “do outro lado”, como se essa disparidade, por si, indicasse quem é o agressor e quem é o agredido. Nesta conta, não entram, por exemplo, os 1.200 foguetes que o Hamas disparou contra Israel em uma semana, a maioria deles interceptada pelo sistema antimísseis de Israel, batizado de “Domo de Ferro”.

Mesmo assim, alguns escapam do sistema e caem, sim, do outro lado da fronteira. Há, agora, oficialmente, um morto e dezenas de feridos ― Israel, ao contrário do Hamas, prefere não fazer escarcéu com o estrago provocado pelo inimigo.

Li há pouco, em toda parte, que Israel suspendeu o cessar-fogo e voltou a atacar a Faixa de Gaza. Esses verbos são complicados. O país aceitara uma proposta de trégua feita pelo governo do Egito. O Hamas, no entanto, deu de ombros e continuou a lançar seus mísseis. Numa pracinha minúscula de Higienópolis ou nas grandes praças do mundo, é preciso que fique claro que Israel toma todas as medidas a seu alcance para que seus cidadãos não morram. Para eles, a perda de uma vida significa uma agressão e uma pequena derrota. O terrorismo palestino faz justamente o contrário.

Não custa lembrar. Sem apoio interno, hostilizado pela própria população de Gaza, o Hamas aceitou um acordo com o Fatah, a corrente leiga a que pertence Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina. Dias depois, três jovens judeus foram sequestrados e mortos por terroristas. Kaled Meshal, o principal líder do Hamas, que vive no exílio, negou que seu grupo fosse o responsável pelo crime, mas elogiou a ação. Em represália, colonos judeus sequestraram e mataram um adolescente palestino. Os autores já estão presos. Entenderam uma das diferenças?

Tenha você a opinião que tiver sobre o conflito, é preciso que fique claro que, de um lado, há um grupo terrorista que lança mísseis a esmo, caiam onde caírem, sobre a cabeça de quem for. Do outro, há um estado que se defende e que ataca alvos selecionados, militares, depois de prévio aviso.

Ah, sim: uma jovem foi presa no protesto em São Paulo em razão, parece, de uma pichação. As pessoas presentes avançaram contra a polícia, e um PM teria dado dois tiros para o alto, não se tem claro ainda com que arma.

E para encerrar destaco: O grupo que protestou em Higienópolis se auto-intitula “Palestina Para Todos”. O confronto de Israel, hoje, é com o Hamas, que tem entre os primeiro itens do seu estatuto a destruição de Israel. Seria cômico se trágico não fosse.

 

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