Congelar tarifa do metrô foi decisão política de Alckmin
O prefeito eleito João Doria Jr. prometeu o congelamento da tarifa de ônibus sem combinar com seu aliado, Geraldo Alckmin, que foi pego de surpresa, uma vez que o governo do Estado dá um subsídio grande à CPTM, que não é autossuficiente, e menor ao metrô, apenas para bancar as gratuidades.
Só que o subsídio está em um crescendo. Era de cerca de R$ 250 milhões ao ano até 2015, subiu para R$ 600 milhões neste ano, e deve aumentar agora que o governador decidiu também não reajustar a tarifa.
Alckmin vinha fazendo contas de viabilidade econômica, mas a decisão, no fim, no frigir dos ovos, foi política.
Sem o congelamento da tarifa, Alckmin não mostrariam a simbiose com Doria que a dupla quer mostrar ao Brasil. Secretários estaduais nomeados pelo prefeito eleito e projeto conjunto contra as enchentes mostram o alinhamento entre Geraldo Alckmin e seu pupilo político.
Seria incoerente e impopular não manter os preços do metrô e trem em 2017.
Num mérito técnico também poderia ser complicado aumentar as taxas.
Se os preços do metrô subissem e o do ônibus, não, haveria a fuga de passageiros do transporte sobre trilhos, o que também impactaria a receita do Metrô e da CPTM.
Alckmin e Doria fazem o anúncio da decisão nesta sexta-feira (30). Pequenas dúvidas que ficaram para o último dia: se vão rever agora a gratuidade e se vão rever preços dos bilhetes maiores, como semanal, mensal. Mas a tendência é que nada seja reajustado nesse momento.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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