Constantino sobre decreto das UBS: ‘Presidente não pode ceder à gritaria da esquerda’

O recuo presidencial aconteceu após repercussão negativa; a decisão possibilitaria a privatização de Unidades Básicas de Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 29/10/2020 08h05 - Atualizado em 29/10/2020 08h10
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LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO O presidente Jair Bolsonaro durante visita à unidade da Marinha em Iperó (SP) Segundo o presidente, seriam cerca de 4.000 obras inacabadas em Unidades Básicas de Saúde e 168 de Unidades de Pronto Atendimento (UPA)

O presidente Jair Bolsonaro recuou e revogou o decreto que permitia estudos sobre privatização das Unidades Básicas de Saúde (UBS). A decisão aconteceu após repercussão negativa entre profissionais da saúde e especialistas, que criticam a medida ser apresentada em um contexto de pandemia da Covid-19. Em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira, 28, ele anunciou que a proposta “visava o término dessas obras, bem como permitir aos usuários buscar a rede privada com despesas pagas pela União”. Segundo o presidente, seriam cerca de 4.000 obras inacabadas em Unidades Básicas de Saúde e 168 de Unidades de Pronto Atendimento (UPA). A decisão do presidente, assim como o tema, divide opiniões. Há quem defenda os benefícios que o estudo traria a saúde e há quem aponte um possível caminho para o “desmonte” do Sistema Único de Saúde (SUS). Sobre o assunto, o comentarista Rodrigo Constantino opina que o chefe do Executivo não deveria ceder tanto a pressões da esquerda. ”

“O presidente errou ao recuar e revogar esse decreto porque ele não tinha nada demais, houve uma gritaria ensurdecedora por parte da esquerda, que fica em busca de um slogan e de um pretexto para atacar o governo e começaram a falar que era um desmonte do SUS. Todos esses artistas e intelectuais ricos da esquerda caviar que só usam o Einstein e o Sírio Libanês começaram a defender o SUS, que aliás é precário, né? Enquanto essa medida não tinha nada demais, era começar um estudo para parceria público-privadas para certas partes da operação da UBS, absolutamente banal, nada demais. O presidente não pode começar a ceder tanto assim a essa gritaria da esquerda. Se não, quem vai começar a governar, de fato, é a esquerda que perdeu nas urnas.”

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