Fernando Maluf: Vamos avançando para entender que o tratamento se adequa a cada tipo de paciente
Importante trabalho publicado no Jama Oncology avalia o papel de um marcador molecular que é uma variante do receptor de andrógeno. O andrógeno, hormônio masculino circulante, estimula a célula tumoral quando se liga ao seu receptor. Essa conjunção emite sinais que farão a célula crescer.
As novas drogas anti-hormonais inibem essa ligação do andrógeno com o receptor. Em pacientes com câncer de próstata avançado existe uma variante desse receptor andrógeno chamada AR-V7.
Ela fica constantemente estimulando a célula tumoral, independente da ligação do andrógeno com o seu receptor. O estudo avaliou a presença desse marcador em células circulantes tumorais no sangue e descobriu que 142 pacientes com a variante AR-V7, quando recebiam esses novos anti-hormônios, tinham uma sobrevida muito pior do que a sobrevida com quimioterapia. A sobrevida com quimioterapia era de 14,3 meses versus só 7,3 meses.
Por outro lado, quando essa variante era ausente, a sobrevida de pacientes tratados com hormonioterapia foi melhor do que com quimioterapia: 19,8 meses versus 12,8 meses. Esse é o primeiro biomarcador que auxilia a decidir o próximo passo no tratamento do câncer de próstata avançado: quimioterapia se essa variante estiver presente, hormonioterapia se essa variante estiver ausente.
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