A importância dos cuidados paliativos no tratamento do câncer

  • Por Fernando Maluf/Jovem Pan
  • 03/07/2017 13h14
Freeimages Cuidados paliativos são úteis mesmo para pacientes de câncer não terminal

Durante muito tempo o conceito de cuidados paliativos foi aplicado, principalmente, para pacientes em estado terminal. Hoje, sabe-se que se forem aplicados logo após o diagnóstico da doença, é possível prevenir os sintomas desagradáveis que ela acarreta, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente e à família.

Um estudo com pacientes de câncer de pulmão e do aparelho digestivo, com casos metastáticos e não curáveis, procurou desconstruir conceitos de que os cuidados paliativos são apenas para pacientes terminais.

A pesquisa dividiu 350 pacientes com doença incurável em dois grupos: um deles recebeu apenas o cuidado oncológico convencional e o outro recebeu o tratamento convencional integrado à medicina paliativa.

O grupo que recebeu os cuidados paliativos teve uma melhora significativa em 24 semanas, em vários critérios referentes à qualidade de vida, como por exemplo, menor chance de depressão e menos alterações de humor. Além disso, esses pacientes tiveram maior possibilidade de discutir seus desejos e dúvidas com os médicos e profissionais de saúde.

O cuidado paliativo é o controle do sofrimento que está vinculado à doença e também ao tratamento. A probabilidade de o indivíduo com diagnóstico de câncer estar sofrendo é muito grande. Além da dor física, que pode resultar em falta de ar, fadiga, náuseas, falta de apetite, há a dor emocional, que gera o medo, a ansiedade, a depressão, e interfere na qualidade de vida de pacientes e familiares.

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