Quimioterapia pode prejudicar funções cognitivas
A quimioterapia vem sendo frequentemente citada como fator importante para a diminuição da função cognitiva, raciocínio, memória e atenção dos pacientes oncológicos. Esse mecanismo é chamado de “Chemo brain”, numa referência às alterações que podem ocorrer no cérebro.
Agora, um novo estudo mostra de forma cabal que a quimioterapia teve uma influência extremamente negativa na função cerebral de mulheres em tratamento para câncer de mama.
Os pesquisadores acompanharam 581 pacientes que precisaram de quimioterapia no pós-operatório, ou seja, com objetivo preventivo e as compararam com outras 364 pacientes que não fizeram quimioterapia após a cirurgia.
Nas mulheres que receberam a quimioterapia, o declínio na função cognitiva foi de 45,2%, cerca de 4 vezes maior na comparação com as pacientes que não receberam a quimio, para as quais o déficit cognitivo caiu 10,4%.
Mesmo nos testes antes do início do tratamento, as chances de declínio das funções cognitivos, que já existiam, subiram de 13% para 36%.
Novos estudos e estratégias precisam ser desenvolvidos para equacionar os potenciais prejuízos cerebrais do tratamento, fazendo com que os danos possam ser menores que os atuais.
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