Quimioterapia pode prejudicar funções cognitivas

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2017 13h42
Reprodução Nas mulheres que receberam a quimioterapia, o declínio na função cognitiva foi de 45,2%

A quimioterapia vem sendo frequentemente citada como fator importante para a diminuição da função cognitiva, raciocínio, memória e atenção dos pacientes oncológicos. Esse mecanismo é chamado de “Chemo brain”, numa referência às alterações que podem ocorrer no cérebro.

Agora, um novo estudo mostra de forma cabal que a quimioterapia teve uma influência extremamente negativa na função cerebral de mulheres em tratamento para câncer de mama.

Os pesquisadores acompanharam 581 pacientes que precisaram de quimioterapia no pós-operatório, ou seja, com objetivo preventivo e as compararam com outras 364 pacientes que não fizeram quimioterapia após a cirurgia.

Nas mulheres que receberam a quimioterapia, o declínio na função cognitiva foi de 45,2%, cerca de 4 vezes maior na comparação com as pacientes que não receberam a quimio, para as quais o déficit cognitivo caiu 10,4%.

Mesmo nos testes antes do início do tratamento, as chances de declínio das funções cognitivos, que já existiam, subiram de 13% para 36%.

Novos estudos e estratégias precisam ser desenvolvidos para equacionar os potenciais prejuízos cerebrais do tratamento, fazendo com que os danos possam ser menores que os atuais.

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