Convenções dão pique a Trump e Hillary nas eleições americanas
Estamos a menos de uma semama dos Jogos Olimpícos do Rio e eu sobrevivi a duas semanas de convenções presidenciais nos Estados Unidos. O essencial agora é a corrida de obstáculos adiante para Hillary Clinton e Donald Trump até a eleição de 8 de novembro.
Repito o que escreveu Bret Stephens, um conservador da pesada, colunista do Wall Street Journal. Hillary mente. Trump é pós-moderno, alheio ao conceito de verdade.
Com Trump no cenário, as coisas ficam menos complicadas para mim. E raramente sou tão direto para expor minhas preferências eleitorais. Como diz o presidente da Câmara, o republicano Paul Ryan, para justificar seu tépido endosso ao nome do partido, a escolha é binária: Trump ou Hillary.
Ele tem toda razão. Trump é o pior candidato possível, uma ameaça à democracia com seu pendor totalitário (“só eu posso consertar”) e um perigo para a civilização ocidental com suas propostas estapafúrdias, incoerência, despreparo, ideias ignorantes que dividem a aliança transatlântica (EUA e Europa) e flerte com Vladimir Putin. Hillary é complicada, mas é qualificada para o cargo e a realidade é o que é.
Sou avesso a comparações de realidades internacionais com o Brasil, mas vou simplificar. Situações extraordinárias exigem simplificações extraordinárias. Hoje no Brasil existe uma escolha binária: Dilma ou Temer. O interino é dose, mas Dilma é overdose, é veneno. Temer até 2018.
Nos EUA, Trump é o veneno. Hillary no mínimo por quatro anos. Suas venalidades estão no terreno da normalidade. Trump é além da imaginação.
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