Crimes violentos registraram alta de 1,7% no 1º semestre de 2015 nos EUA

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2016 08h36
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Manaus, 16/09/2015. TJAM encaminha 352 armas de fogo para destruição no 12º Batalhão de Suprimentos do Exército, no km 53 da AM-010. Foto: Raphael Alves Raphael Alves/ TJAM arma de fogo

Em um primeiro disparo analítico, as notícias parecem negativas. Acabaram de sair os números do FBI revelando que houve uma alta de crimes violentos nos Estados Unidos no primeiro semestre de 2015. A alta foi de 1,7 por cento em relação ao mesmo período no ano anterior. Crime é sempre um assunto no fogo cruzado das análises e os números precisam ser avaliados em um contexto mais amplo.

Antes de mais nada, a alta foi marcada por diferenças geográficas. Algumas grandes cidades foram alvejadas com mais intensidade como Los Angeles, assim como cidades pequenas e áreas rurais. Incrível, mas ocorreu uma alta de homicídios da ordem de 17 por cento em cidades com menos de 10 mil habitantes nos Estados Unidos. A única região do país que não registrou alta foi o nordeste, onde está Nova York.

Claro que assistindo ao noticiário e aos protestos, existe a impressão de violência desordenada nos Estados Unidos, mas os especialistas estão surpresos que, nos dados de criminalidade, crimes contra propriedade estejam em baixa no país. Sem alta, apesar dos indicadores de crescentes desigualdades sócio-econômicas.

É verdade que o desemprego está em baixa, algo que o governo Obama não se cansa de apregoar, mas existem estagnação salarial e um sentimento geral de frustração, algo explorado com muita intensidade pelos candidatos presidenciais republicanos, a destacar Donald Trump.

Em termos históricos, uma alta de 1,7 por cento do crime violento também deve ser vista em um contexto mais amplo. As cifras ainda são a metade do que eram duas décadas atrás. De novo, a realidade colide com a percepção de uma sociedade violenta e fora de controle. Existe um movimento bipartidário para uma reforma do sistema penal e a diminuição da população carcerária. São dois milhões e duzentos mil americanos atrás das grades.

E qualquer salto, mesmo que pequeno do crime violento, pode reverter o movimento por esta reforma do sistema penal.

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