A decisão bastante arriscada de Dilma

Depois de muito hesitar, a presidente afastada Dilma Rousseff decidiu comparecer pessoalmente ao Senado na próxima quarta-feira (29) para se defender no processo de impeachment de seu mandato.
Trata-se de uma decisão bastante arriscada.
O líder do PSDB no Senado Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que esse será o desfecho de um triste epílogo que Dilma vem encenando desde praticamente o início do mandato.
Na verdade, desde maio, quando foi afastada do cargo, a petista se isolou no Palácio da Alvorada e tanta convencer setores cada vez mais restritos da sociedade de que é vítima de um golpe.
Senador petista diz que Dilma quer resgatar uma simpatia pessoal para com ela. Parece algo pouco provável, assim como é improvável ela responder perguntas com réplicas, avalia Aécio Neves.
Senão, como imaginar Dilma em bate-boca com o histriônico Magno Malta? Ou a dureza da inquirição do senador Ronaldo Caiado?
Também não dá para saber se Dilma vai insistir na tese de que é vítima de um golpe diante de 81 senadores e do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, quem preside o julgamento.
O mais provável é que Dilma fale, repita o que na carta aos senadores e peça para se ausentar. Neste caso será algo bastante simbólico. Porque se espera que os senadores lhe deem sim licença para se ausentar. Desta vez de forma definitiva.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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