Decisão histórica e corretíssima da Alemanha
PAU01 BERLÍN (ALEMANIA) 01/06/2016.- Varias personas sostienen banderas turcas y alemanas durante una manifestación en Berlín, Alemania hoy, 1 de junio de 2016, en apoyo a Turquía y en contra de la resolución que pretende reconocer el genocidio armeno. El presidente de Armenia, Serge Sargsián, llamó a los diputados alemanes a no dejarse intimidar por el jefe del Estado turco, Recep Tayyip Erdogan, y aprobar mañana en el Bundestag (cámara baja) la resolución que reconoce como genocidio las masacres cometidas a los armenios por el Imperio otomano. EFE/Paul ZinkenCrise Alemanha-Turquia-Armênia
Em decisão histórica (e corretíssima), o Parlamento alemão aprovou resolução, na última quinta-feira (2), definindo como genocídio o massacre de armênios pelos turcos na época do Império Otomano, durante a Primeira Guerra Mundial.
Como era de se esperar, a Turquia ficou enraivecida e chamou seu embaixador em Berlim para consultas. A decisão alemã apenas agrava as tensões entre os dois países, especialmente agora que a União Europeia tenta uma acomodação com aos turcos para que ela ajude a lidar com a crise dos refugiados que tentam entrar na Europa procedentes, em particular, da Síria em guerra civil.
No Brasil, o Senado aprovou moção de solidariedade aos armênios no ano passado, na passagem do centenário das atrocidades, mas poucas nações reconhecem que o que aconteceu foi um genocídio em grande parte para não entrar em colisão com um país estratégico como a Turquia. Um exemplo é o governo americano e, no Congresso, as resoluçoes periódicas sobre o genocídio não vão adiante.
A república turca, herdeira do Império Otomano, nega furiosamente que tenha ocorrido um genocídio. Prefere falar em vítimas no chamado nevoeiro da guerra e denuncia como inflada a estatística de 1.5 milhão de armênios mortos.
Alguns países tentam reescrever a história. A Turquia quer simplesmente negar a história. Os alemães eram aliados dos turcos na Primeira Guerra e, hoje, o dirigente de Ancara, Recep Erdogan, que se comporta como um sultão, pode chiar, dizendo que os alemães não têm moral para pontificar sobre genocídios e holocaustos.
Errado, sultão Erdogan. Os alemães têm moral massacrante. Ao contrários dos turcos, os alemães carregam o seu fardo sem negar a história.
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