Defesa de Temer fica aliviada com julgamento adiado

Quem sentiu alívio com o adiamento do julgamento da chapa e as novas oitivas foi a defesa de Temer. A defesa de Dilma nem tanto.
Os advogados da ex-presidente desejavam o testemunho de Guido Mantega, mas não queriam que fossem ouvidos João Santana e Mônica Moura, que tiveram as delações premiadas homologadas pelo STF. O casal de publicitários deve corroborar o que disseram os delatores da Odebrecht, mostrando que o dinheiro das campanhas de 2010 e 2014 eram caixa dois, que houve pagamentos no exterior, também para que dinheiro fosse repassado a outros fornecedores.
A defesa de Dilma disse que não era o caso de eles serem ouvidos, mas perdeu.
Já a defesa de Temer comemorou. Além do prazo extra de cinco dias para a defesa, eles ganharam mais o tempo que vão demorar as novas oitivas. Isso joga a reabertura do julgamento para as “calendas gregas”, provavelmente para o segundo semestre.
Isso permite que seja trocada a ministra Luciana Lóssio, que teve atuação bem firme em defesa de Dilma, sai em maio e deve entrar Tarcísio Vieira. Assim, o Planalto vê placar mais favorável à sua tese da nova jurisprudência que separa a chapa.
Isso se houver algum julgamento até 2018.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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