Delação da OAS deve prosseguir a despeito de vazamento
Não deve prosperar a notícia de que a Procuradoria-Geral da República ameaça suspender os acordos de delação do executivo da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, em razão da capa da revista Veja do fim de semana, que diz que ele estaria disposto a incluir em seu depoimento o ministro do STF, Dias Toffoli.
A Procuradoria alega que essa citação ainda não constava em nenhum dos anexos e parece uma tentativa da defesa de Pinheiro para forçar um acordo de colaboração nos termos que lhe interessem.
Fontes ligadas à investigação e à defesa da empreiteira dizem que ainda seguem as tratativas com vários executivos da OAS e explicam que é muito difícil anular uma delação com o peso da de Léo Pinheiro.
Ficaria difícil explicar por que não aceitar uma colaboração que tem tanto a oferecer. Vazamentos ocorrem há vários meses nas investigações da Lava Jato, tanto por parte da Polícia Federal e do Ministério Público quanto dos investigados.
Pode haver algum ruído nas negociações com a OAS e seus executivos, mas elas devem seguir.
Odebrecht
Avança a explosiva colaboração da Odebrecht com a Lava Jato.
Cerca de 50 executivos da empresa delatam ou depõem, inclusive o dono Marcelo Odebrecht. Dessa colaboração, devem sobrar poucos políticos sem serem citados. Tivemos a notícia no fim de semana de R$ 100 milhões em repasses ao PT, por vezes via o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.
Essas duas delações que correm em paralelo ainda têm muito a revelar.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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