Denúncia fere Temer, mas pode ser uma jogada a favor do PT

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2017 22h59
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Brasília - O presidente Michel Temer preside a cerimônia de lançamento do Programa Criança Feliz, no Palácio do Planalto (Antonio Cruz/Agência Brasil) Agência Brasil Michel Temer

Durante a repercussão da denúncia de que o presidente Michel Temer teria “comprado o silêncio” do ex-deputado federal Eduardo Cunha, o comentarista Carlos Andreazza disse que é necessária cautela para fazer as análises sobre o caso.

“A oposição está em festa, ninguém se preocupa com o Brasil, mas temos que nos manifestar com calma. A JBS teve um crescimento expressivo durante o governo do PT, daí agora vem a delação, ou pelo menos o vazamento de um vídeo com foco no governo de Michel Temer. O surgimento dessa delação, composto por algo inédito, gravações, filmagens, pode ser tudo premeditado. É preciso muita calma nessa hora. O Temer está gravemente ferido com essa denúncia, mas isso pode ser também uma jogada a favor do PT”, disse Andreazza.

Para o comentarista, o pedido de Eleições Diretas feito por deputados e senadores em suas redes sociais, mostra todo o desconhecimento dos representantes à Constituição. “Caso o presidente caia, renuncia, ou sofra impeachment, é eleição indireta, pelo parlamento, escolhendo qualquer brasileiro acima de 35 anos. Não existe possibilidade de eleição direta. É um fetiche dos brasileiros, que não gostam de eleição, mas nesse momento falam de eleição direta”, comentou.

Andreazza não acredita que Michel Temer sofra impeachment. As chances de renúncia são maiores, já que a pressão popular será muito grande. “O governo vai fazer de tudo para atrasar o processo e seguir até 2018. Só que o país para, as reformas param”.

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