Deputado estadual do PT participa de reunião com membros do PCC

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2014 11h31
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Reinaldo, que história é essa, hein? Um deputado estadual do PT participou de uma reunião com membros do PCC que planejava ataques a ônibus?

Pois é, história cabeluda né? Olá amigos e internautas da Jovem Pan.

É do balacobaco. Na terça-feira, no primeiro dia da greve dos motoristas de ônibus em São Paulo, eu tinha recebido uma informação certa, mas não consegui a prova de que no dia 17 de março, no auge dos incêndios a ônibus em São Paulo, a sexta delegacia de polícia de investigações sobre facções criminosas e lavagem de dinheiro, havia estourado uma reunião na sede da cooperativa Transcooper, em Itaquera, na zona leste, em que membros do PCC planejavam as ações criminosas. E estava presente ao encontro ninguém menos do que o deputado estadual petista Luís Moura.

Critiquei duramente no meu blog, no programa Os Pingos nos Is, o secretário de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, que sem ter resposta a dar aos paulistanos, preferiu atacar a PM, a quem acusou de fazer corpo mole. O que é falso. E lembrei que Tatto era íntimo justamente de Mouta, que é ligado a uma cooperativa de perueiros.

Pois bem, a informação que eu tinha estava certa. Em entrevista de TV, Márcio Aite, secretário de Comunicação do Governo de São Paulo, rasgou o verbo. “A operação aconteceu mesmo, a reunião do pessoal da bandidagem de fato estava em curso. E o objetivo era planejar novas ações contra ônibus na cidade. Um dos convidados para o evento era de fato o deputado estadual petista Luís Moura. Ex-presidiário, condenado a 12 anos, ex-fugitivo e que se reinventou como líder de perueiro. Que foi como conheceu o secretário Jilmar Tatto”.

Aite foi adiante e afirmou que em Março, no curso da investigação dos ataques, a polícia solicitou diretamente a Tatto a relação de empresas que atuam no setor de transportes públicos. Afirmou Aite: “Ele, Tatto, é o primeiro a dizer que a polícia é truculenta e se excede. Mas quando interessa a ela barrar uma investigação, como de fato ele barrou, ao não responder ao delegado, ele fica quieto. A polícia poderia investigar muito mais se o deputado Jilmar Tatto tivesse feito o trabalho dele. Respondido ao ofício e chamado a atenção do colega deputado dele para que não comparecesse a locais que não são recomendáveis a qualquer pessoa pública”.

Nas moscas. Tatto falou no mesmo programa e disse que nunca soube da reunião. Pois é, soube sim, né secretário? O senhor sabe que sim. A informação lhe foi passada pela própria polícia. O secretário não revelou porque não passou a lista com as empresas de ônibus.

Desconversou: “Não me parece adequado num momento desses tentar imputar a mim qualquer atitude ou ação de atrapalhar investigação. Ao contrário, estou inteiramente à disposição”. Então tá.

Entre os convocados para aquele reuniãozinha do PCC, a que compareceu o deputado estadual petista, estava, ora vejam, Carlos Roberto Maia, vulgo Carlinho Alfaiate, ladrão de bancos que estava foragido. Tudo gente fina.

 

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