Derrubar governo venal é difícil, os venezuelanos que o digam
Derrubar de forma pacifica e constitucional um governo corrupto, venal e incompetente é uma tarefa difícil, os brasileiros que o digam. Os venezuelanos, nem se fala.
Vamos dar um exemplo simples: nas manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff, era cômodo pegar o metrô para prestigiar o ato, na Avenida Paulista. Fazer o mesmo, em Caracas, para contestar o Chavismo não “dá pé” ou, melhor dizendo, é preciso “ir a pé”, já que Maduro sabota transportes e fecha o metrô para atazanar os que são contrários à sua gestão. Isso tem ocorrido com frequência, já que a oposição propôs referendo revogatório ao presidente.
Os chavistas, contudo, não largam o osso, ou o que restou dele. Os partidários de Hugo Chávez estão fazendo isso com muito mais afinco que o lulopetismo brasileiro, já que as instituições democráticas por lá não são tão fortes como as do Brasil.
Pior, o país descamba para se tornar uma ditadura escancarada, agora que a economia beira o desespero. Um líder da oposição fez a seguinte observação: “O governo sempre faz questão de nos fazer parecer muito pequenos”. Pequeno, obviamente, é o chavismo, capaz de cometer grandes venalidades antes de ser apeado do poder. Em um país com carsitia de tudo (exceto de repressão), protestar contra o estado das coisas é árduo pelo autoritarismo, mas igualmente difícil para cidadãos que têm de pegar longas filas em farmácias e supermercados.
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