Dilma acha que governar é ter pulso firme e ser desumano

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2015 19h01

Pergunta: A quê Dilma deve estar criando, assim, tantos desafetos no Brasil e no Exterior?

Resposta: Este fim de semana começou com um editorial muito forte do jornal Financial Times, dizendo que Dilma tem que explicar quando e como ficou sabendo do Petrolão, da roubalheira da Petrobras e dizendo que já passou a época de mudar toda a direção da companhia.

É mais um tiro na Dilma vindo do Exterior, mostrando que acabou de vez aquela lua de mel, aquele charme que, no tempo do Lula e, por consequência, depois, no primeiro governo dela, o PT, no poder federal, no Brasil, alimentou no Exterior. Enquanto isso, velhos aliados… foi no mesmo fim de semana…José Sarney deu seu tiro também, velhos aliados, resolveram pular do barco.

Pode-se dizer que o Sarney perdeu a eleição no Maranhão, não se candidatou mais ao senado, resolveu se aposentar, não deixa um legado político muito evidente, mas a forma como Sarney saiu atirando, chamando a Dilma de ingrata, por causa da história da refinaria Premium, que a Petrobras mandou cancelar, a construção, no Maranhão… Essa forma m ostra que a Dilma não é uma pessoa que leve muito em conta aquela coisa de influir fazendo amigos.

Dilma quer ter o poder na mão para exercer a autoridade. Ela pensa que autoridade é autoritarismo. É a pessoa não ter a menor consideração pelas pessoas que a ajudaram, que construíram alguma coisa com ela. Não é só o caso do Sarney, não.

Vejam a situação patética do atual secretário de Direitos Humanos da prefeitura de São Paulo, Eduardo Suplicy, que passou 24 anos no senado, trabalhando para o PT até mesmo antes de a Dilma ser petista, servindo ao Lula, mas também à Dilma, apesar de todas as suas trapalhadas.

E, no entanto, ela forçou o Eduardo a uma verdadeira via sacra, de e-mails, de pedidos patéticos para que ela o recebesse, para se despedir dele. Dilma acha que governar é ter pulso firme e ser desumano. Talvez ela tivesse que consultar os ensinamentos políticos de Winston Churchill, que morreu há 50 anos e ainda teria muita coisa para ensinar a ela.

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