Dilma adota teorias absurdas sobre crise

Por Jovem Pan
17/09/2015 15h03

Dilma Rousseff e Aécio Neves vão se enfrentar no segundo turno

A crise pode realmente estar provocando um novo tipo de golpe, como denunciou Dilma Rousseff?

12 em cada 10 analistas da situação em Brasília escreveram nestes últimos dias que “Dilma chamou para a briga”, ou seja, colocou na lista do Congresso quem quer seu impeachment contra quem vai lhe dar os impostos de que ela precisa para tirar o país da crise na receita dela, adotada agora por Levy, e, antes, um pouco inspirada pelo Nelson Barbosa.

Então, ela não saiu a público para defender o pacote, para explicar o pacote; deixou isso a cargo dos dois. Ela está saindo para defender o próprio mandato. E, com aquele estilo que lhe é peculiar, que mais confunde, que lembra o velho Chacrinha (eu vim aqui para confundir, não foi para explicar), ela adota teorias absurdas.

A última é que a de que a crise é uma forma que se está usando para aplicar um novo tipo de golpe. Bom, em primeiro lugar impeachment no Congresso não é golpe, é previsto na Constituição.

Será que alguém não poderia explicar isso a essa senhora? Ela sabe muito bem, e está usando essa cantiga da perua, de pior a pior, para ver se convence alguém, mas ela sabe que não é golpe.

Golpe é o seguinte: é você raciocinar, como se você, pelo fato de estar governo, tem o direito de mentir na eleição, de usar dinheiro ilícito na eleição, e ela está sendo acusada disso. De mentir, ela nem precisa ser acusada, porque ela mentiu à beça.

Agora, de usar dinheiro ilícito ela está sendo acusada e, inclusive, contestada por ministros do Supremo em relação a isso. E isso acaba com o elemento fundamental de uma eleição verdadeiramente democrática, que é a igualdade de condições.

Uma palavra difícil e chata, isonomia, mas uma palavra que define o que é democracia. O fato de estar no governo não pode lhe dar vantagem de disputar uma reeleição. E ela teve várias vantagens: primeiro, a de mentir; depois, a de recorrer a recursos acusados de sere ilícitos.

Ela devia ter explicado o pacote suicida dela, e não ficar defendendo instransigentemente essa história do golpismo, até porque democracia, nem aqui, nem na China, é algo que se resolve no dia da eleição e volta a ser discutido 4 anos depois. Pelo amor de Deus.