Dilma deveria se envergonhar pelo fato do país ser protagonista de mais um escândalo
Pergunta: Será que a Polícia Federal pode dar, realmente, uma contribuição efetiva e importante nas investigações do FBI sobre a fraude, a lavagem de dinheiro e a corrupção na Fifa; na cúpula do futebol mundial?
Resposta: Pois é, no México, a presidente Dilma Rousseff disse que não vê como todo esse rolo com a prisão de Marín e mais sete membros da cúpula da Fifa possa prejudicar o futebol brasileiro. Ela diz: “acho que só vai beneficiar o Brasil”.
Pois é, eu acho que o fato de o Brasil voltar a ser notícia por protagonizar mais um escândalo de corrupção me vergonha e deveria envergonhá-la também. Isso não pode ser comemorado da forma como ela fez na frase. Mas, de fato, o nefasto episódio pode ajudar a remover estruturas podres do futebol e, com isso, será possível ganhar muito dinheiro de forma lícita, e não ilícita.
Logo depois, o Sr. ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou que a PF vai fazer uma devassa nas acusações que os americanos fazem, principalmente na questão de corrupção nas transmissões da Copa do Brasil, da Copa do Mundo no Brasil e da Copa das Confederações.
Ora, o ministro, nas suas condições de funcionário público, de chefe da PF, podia ter preservado a reputação daquela entidade, daquela instituição, que tem feito um trabalho exemplar na operação Lava Jato, em Curitiba.
Parece até que ele está querendo desmoralizá-la, por que a memória recente mostra que todas as iniciativas que foram feitas para apurar corrupção no futebol brasileiro morreram. Inclusive investigações policiais, justiça seja feita, não por culpa de Cardozo, mas por decisões judiciais.
Da mesma forma, Romário, o maior jogador da Copa nos Estados Unidos, o grande craque, goleador, e hoje senador pelo PSB do Rio conseguiu, até que enfim, as assinaturas para uma CPI no Senado que investigue esses escândalos no Brasil. Já foi feita uma CPI que chegou, como sempre, à pizza. Portanto, é preciso ter muito otimismo e muita ingenuidade para acreditar que o Brasil pode colaborar em alguma coisa.
O que nós acreditamos mesmo é que, de repente, o FBI resolve entrar no caso da Petrobras e aí alguém possa ser punido, também, além do Marín. A turma da Lava Jato quando viajar para o exterior, se, por um acaso, algum deles for condenado pela justiça americana.
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