Dilma e o PT perdem, o Brasil ganha, e o Senado aprova proposta de Serra sobre o pré-sal
É quase uma regra. Quando o PT e o governo perdem, o Brasil ganha. Por 40 votos a 26 e 2 abstenções, o Senado aprovou projeto de José Serra (PSDB-SP) que pôs fim à obrigatoriedade de a Petrobras ser a operadora dos blocos do pré-sal, com participação mínima de 30%.
Atenção! À diferença do que andou dizendo a esquerda xucra, a Petrobras não perde nada. Ela terá a primazia de ser a operadora, mas poderá abrir mão dela caso não disponha dos recursos. Obviamente, é a coisa mais inteligente a fazer. Especialmente quando a estatal vive o pior momento de sua história.
Agora notem: por incrível que pareça, por mais estupefaciente que seja, um governo que diz estar disposto a fazer reformas, que afirma querer atrair investimentos, que se diz aberto a mudanças, esse mesmo governo, por pura tacanhice ideológica, por simples preconceito, o mais estúpido, era contra a proposta.
Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoni (Secretaria do Governo), atendendo a uma orientação da presidente Dilma Rousseff, trabalharam arduamente para tentar derrubar o texto.
A bancada do PT e outros satélites de esquerda esbravejaram. Lindbergh Farias (RJ), com aquela clarividência habitual, afirmou: “Estamos querendo entregar o pré-sal a preço de banana para as multinacionais”. É uma observação de vários modos cretina.
Hoje em dia, a se considerar as dificuldades para tirar o petróleo das profundezas, o custo que isso representa e o preço mixuruca do barril, melhor apostar na banana, que há muito tempo não tem mais… preço de banana!
É incrível que o senador que pertence ao partido que levou a Petrobras à lona; que privatizou, no interesse da própria legenda e de alguns larápios, o bem público; que lidou com o patrimônio dos brasileiros como se fosse o fundo do seu quintal… Bem, é incrível que seja o senador desse partido a posar de defensor das nossas riquezas.
De resto, o petróleo, enterrado nas profundezas, serve para quê? Para encher de orgulho o senador Lindbergh e a presidente Dilma Rousseff?
O governo deveria é rezar para que alguma empresa se interesse pelo pré-sal. Dado o preço atual, tirar um barril de petróleo lá dos cafundós é muito mais caro do que ir à compras. A operação dá é prejuízo.
Quando o governo viu que iria perder, soltou as rédeas. E Lindbergh ficou choramingando, dizendo-se abandonado numa “questão estratégica”.
Lindbergh acha estratégico deixar o petróleo enterrado no quinto dos infernos.
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