Dilma e oposição travam batalha por discurso sobre o impeachment no exterior
Se a gente pegar qualquer uma destas publicações influentes no exterior, com o jornal The New York Times ou a revista The Economist, fica claro que não se morre de amores por Dilma Rousseff em português e em tantas línguas estrangeiras.
Ademais, existe a constatação do desastre gerado pelo regime lulopetista ou das suas bandalheiras. No entanto, em muitas destas publicações também não existe ardor pelo impeachment. Basta ver o editorial de terça-feira do New York Times questionando a crediblidade do processo de impeachment.
De sua parte, a Economist observou que “na falta de prova de um crime, o impeachment é injustificado” e a movimentação no Brasil é muito mais para encontrar um pretexto para se livrar da presidente.
Aqui no exterior, existe o eco da lenga-lenga lulopetista no sentido de que os outros roubam e que não basta enquadrar Dilma. Michel Temer e Eduardo Cunha também devem ser enquadrados. Conversando com jornalistas estrangeiros na terca-feira em Brasilia, só faltou Dilma, no seu vitimismo, dizer que a corrupção no Brasil começou com as caravelas de Cabral. Nada de anormal no tempo presente.
Uma preocupação patente no exterior não é tanto livrar a cara de Dilma, mas alertar que o impeachment ameaça a democracia brasileiras, as instituições nacionais. Mas falta lembrar que as diatribes lulopetistas são uma ameaça às instituições, tanto econômicas, como políticas.
A oposição demorou para ir à carga para neutralizar a máquina de agitação e propaganda lulopetista no exterior. Finalmente, o jornal Financial Times tomou nota, pois deu espaço ao senador tucano Aloysio Nunes em Washington para uma reunião já programada, mas que aproveitou o embalo para uma contraofensiva de relações públicas.
As declarações do senador foram dadas com destaque no jornal, para o qual a oposição está revidando à caracterização do governo Dilma de que o impeachment é golpe. Aloysio Nunes disse que o Brasil seria uma república de banana caso o governo pudesse dar suas pedaladas fiscais de forma impune. Disse ainda que a sociedade e o Congresso perceberam que o país está chegando rapidamente ao fundo do poço com esta gestão petista e que era preciso fazer alguma coisa para o resgate nacional.
E pelo visto será preciso fazer muito coisa no exterior para conter a propaganda do governo.
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