Dilma não pode impedir ação da justiça americana

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2015 20h31

Pergunta: Essa ideia de que a corrupção se combate punindo pessoas e não deixando destruir empresas é de inspiração capitalista, neocapitalista, fascista ou socialista bolivariana?

Resposta: Depois que Dilma Rousseff fez esse apelo absurdo, dizendo que se combate a corrupção punindo pessoas, mas não destruindo empresas, pra tentar salvar a reputação da direção da Petrobrás que ela nomeou e também blindar as grandes empreiteiras envolvidas no fornecimento do propinoduto da operação Lava Jato, vem sendo reprisada e repetida. O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que é a voz jurídica do governo, imagine você, está repetindo isso.

É um absurdo, né? Isso só pode estar sendo falado por que o governo é ineficiente, né? Até agora a lei anti corrupção, que a Dilma pregou como sendo grande conquista dela na campanha eleitoral, não foi regulamentada.

Ainda assim, qualquer pessoa que faça caridade e dá O Estado de S. Paulo desta quinta-feira à Dilma, vai permitir que ela leia o brilhante e bastante simples artigo à virgindade da lei anti corrupção de Modesto Carvalhosa, na página 2, para que ela fique sabendo que a presidente está sujeitando as empresas do Lava Jato às sanções jurídicas e de mercado internacionais.

Quer dizer, a Dilma pode passar a mão na cabeça da Graciosa, do cartel das empreiteiras, pode salvar a grande fonte de recursos das campanhas dos partidos do governo, principalmente PT, PP E PMDB, mas não pode impedir a ação da justiça americana.

A Petrobrás não é uma empresinha lá de Belo Horizonte, a Petrobrás é uma empresa internacional, que negocia suas ações na bolsa de Nova York, então ela está sujeita às normas da “kalsec”, nos Estados Unidos e, portanto, a uma punição dentro da lei americana, que não vai ter..usando a palavra graça com “G” minúsculo, não vai ter graça de ninguém.

Na verdade, essa teoria absurda de não poder destruir empresas foi gerada pelo controlador geral da União, em associação com o advogado geral da União Luís Inácio Adams, que anda percorrendo políticos e comunicadores na tentativa de convencê-los a mudar de opinião deste absurdo.

Tem que ver se ele vai aos Estados Unidos convencer os juízes americanos e os acionistas que perderam fortunas com a Petrobrás de que ele tem razão e é preciso salvar as empresas brasileiras. Isso é uma vergonha, né? Por que isso não é admitido no socialismo, no capitalismo, em lugar nenhum. Somente no “dilmismo”.

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