Dilma provoca ao receber investigados na Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 27/08/2015 17h31
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Presidente Dilma Rousseff durante desfile de Sete de Setembro na Esplanada dos Ministérios EFE/Fernando Bizerra Jr. Presidente Dilma Rousseff durante desfile de Sete de Setembro na Esplanada dos Ministérios

Houve uma mudança grande nas chances de Dilma permanecer ou não na presidência nos últimos dias?

No mesmo dia em que a presidência da República ganhou mais 15 dias para explicar as pedaladas fiscais no TCU, o Planalto recebeu uma péssima notícia: a maioria dos ministros do TSE já decidiu que vai ser reaberta a ação que a relatora quis enterrar, do PSDB, principal partido de oposição, pondo em dúvida a lisura das contas da chapa Dilma-Temer na eleição de 2014.

A sessão e a votação foram interrompidas porque Luciana Lóssio, um dos ministros do Tribunal, pediu vistas. Não há prazo determinado para vistas, e Luciana Lóssio, ex-advogada do PT e minoritária nessa votação, certamente vai se valer do seu direito para impedir que o caso seja votado.

Isso, do ponto de vista formal, é da maior importância, porque se o TSE não fizer a votação formalmente, não há possibilidade de se apresentar um impeachment da presidente.

Mas é claro que, se a ministra ficar segurando por muito tempo e evitando a decisão no colegiado, apodrece, digamos assim, a situação do governo constituído e instalado no poder, que não pode sobreviver à base de reunir banqueiro, empresário e, sobretudo, tomando atitudes que, se não forem de uma absoluta estupidez, só podem ser consideradas provocação.

No dia em que o TSE teve essa notícia divulgada nos jornais e que Rodrigo Janot dizia em sua sabatina que a prioridade nº1 da sua nova função será combater a corrupção, a sra Dilma Rousseff recebeu no Palácio dois dos senadores que são investigados na Lava Jato acusados de receberem propina da Petrobras: Gleisi Hofman (PT-PR) e Humberto Costa (PT-PE), Líder do partido da presidente no Senado.

Ela podia ter deixado essa agenda para depois. É uma provocação que parte dos dois lados, tanto dos senadores e do partido, quanto da própria presidente. Daí já vemos porque a situação está tão complicada e tão crítica.

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