Dilma “roda a baiana” e diz que será candidata com ou sem o apoio da base aliada

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2014 16h26
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A presidente e o ex-líder trataram da reforma ministerial prevista para o fim do mês

Divulgação/Ricardo Stuckert/Instituto Lula Lula volta a deixar crescer a barba em encontro com Dilma Rousseff

Será que esse movimento todo de “Volta, Lula” está perturbando um pouco a presidente Dilma Rousseff?

Na Bahia, a presidente Dilma Rousseff enfim “rodou a baiana”. Ela disse que será candidata com ou sem o apoio da base aliada. Bem, com isso ela deu um “murro na mesa”. Na política nem sempre dar um ‘murro na mesa’ resolve, mas normalmente uma pessoa que tem uma caneta poderosa, o chumbo do diario oficial, como ela tem, tem um poder de persuasão bastante elevado e confortável perante essa turma toda da fisiologia que predomina nos parlamentos que aprovam e desaprovam os atos dela.

Por outro lado, ela passou um recibo de que a pressão do “Volta, Lula” está incomodando. Ela fez uma frase que o Estadão colocou em manchete na primeira página nesta quarta-feira de que ninguém vai conseguir separa-la do Lula, nem o Lula dela. É, e fez declarações formais a respeito de que não acredita no “Volta, Lula” que na verdade, como diz o colunista de um jornal, está mais pra “Sai, Dilma”, do que pra “Volta, Lula”.

Mas, esse desabafo que ela fez lá na Bahia, dizendo que será candidata com ou sem a base aliada, denota claramente que ela está perturbada e que está pronta a enfrentar isso com aquele seu estilo truculento. O problema é que na democracia de coalizão, que na verdade é uma democracia de “troca-troca”, uma grande embarganha, ela precisa dos outros partidos pra governar.

As pesquisas mostram uma queda dela que significa também uma queda na representação do PT no congresso. O PT, pra poder lhe dar um poder, um mandato em que ela não precise de aliados com quem compor pra poder governar, precisaria ter uma maioria absoluta que dificilmente conseguirá numa eleição em outubro.

Então, que isso valha como rompante no momento de desabafo, tudo bem, mas como programa de campanha ai é melhor ela reconsiderar.

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