Dilma terá que apelar a Deus para conseguir terminar o mandato

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2015 10h19
EFE Dilma Rousseff

Na corda bamba da popularidade, Dilma está mais para lá do que para cá.

A aprovação ao governo da petista despencou aos dez por cento, beirando o “volume morto”, e isso não é intriga da oposição, nem boato da direita, ou manobra da “imprensa golpista”.

A informação é do instituto Datafolha, que apenas confirmou a sensação de rejeição do eleitor à presidente.

Motivos não faltam para explicar a queda de popularidade de Dilma Rousseff.

O estelionato eleitoral é um deles. As escabrosas mentiras pregadas durante a campanha política vieram à tona logo após a posse, e a presidente foi pega de calças curtas. Não esperava ser desmentida tão cedo.

Segundo o diretor geral do Datafolha, que nós entrevistamos hoje aqui no Jornal da Manhã, o choque de realidade do brasileiro com a situação econômica do país é outra razão que explica a alta reprovação ao governo petista, feito só alcançado antes por Fernando Collor de Melo, às vésperas do impeachment.

A alta de preços, a escalada da inflação, o aumento do desemprego, a queda do consumo e a falta de perspectivas refletem a crise econômica que empurra a popularidade de Dilma para baixo.

A corrupção também conta e muito para a avaliação negativa do Governo. A cada dia fica mais patente o protagonismo de petistas no esquema de propinas da Petrobrás.

Aliás, assim como não se pode atribuir a corrupção apenas ao governo Dilma, quem acabou atingido pela impopularidade foi o ex-presidente Lula. O desprestígio de Luiz Inácio é tão grande que, numa simulação de disputa pela presidência, Lula teria apenas 25% das intenções de voto, enquanto Aécio Neves ganharia as eleições com 35% da preferência do eleitorado.

E como nada está tão ruim que não possa piorar, as previsões são de que a rejeição ao Governo ainda pode aumentar, principalmente, se ficarem comprovadas as pedaladas fiscais de Dilma e as ligações de grão petistas, como o ex-presidente Lula, com as denúncias da Operação Lava Jato.

A presidente que fez o diabo para se eleger terá, agora, que apelar a Deus para conseguir terminar o mandato.

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