Rachel Sheherazade: discurso de Merkel sobre terroristas seria taxado de facista no Brasil
Durante um discurso em Paris, o presidente François Hollande disse que “Os muçulmanos são as primeiras vítimas do fanatismo e da intolerância no planeta. Para ele, o islamismo radical se alimentou de todas as contradições, misérias, desigualdades e outros conflitos.
Hollande falava para uma plateia de muçulmanos, que correspondem a mais de 3 milhões da população francesa, e que cobram, do presidente, um gesto firme contra a islamofobia depois dos atentados terroristas no país.
Do outro lado da Europa, a chanceler alemã Angela Merkel, uma espécie de Dilma que deu certo, também discursava.
No parlamento, Merkel, cujo governo enfrenta manifestações frequentes contra a imigração muçulmana, prometeu proteger os islamitas, mas, não só eles: também os judeus, vítimas do antissemitismo.
A chanceler foi dura, como deveria ser: prometeu rigor contra os terroristas do islã e não vitimizou os fundamentalistas: Ao contrário, segundo Angela, nada pode justificar o terrorismo, “nem uma infância difícil nem uma religião”.
No Brasil, que não só costuma dialogar, como também abrigar terroristas, um discurso como o de Angela Merkel seria facilmente taxado de facista. Talvez por isso, eles são a Alemanha e nós, somente o Brasil.
Digna do cargo que ocupa, Angela Merkel não tergiversou, e cobrou dos líderes religiosos islâmicos que tracem uma linha clara separando a religião do terrorismo.
No mundo islâmico, tomado por conflitos étnicos, religiosos e políticos, em geral não há separação entre Estado e religião. O islã é frequentemente usado para arregimentar os soldados do ódio que lutarão em nome de Alá para espalhar o terror e combater o inimigo da vez, cortando pescoços, metralhando ou explodindo inocentes, seja um no oriente seja no ocidente.
Deturpando-se as palavras sagradas, os fundamentalistas fomentam o fanatismo, que, por sua vez, alimenta o terrorismo.
Cabe agora aos verdadeiros sacerdotes de Alá repudiar o terror e mostrar ao mundo que religião e ódio não se misturam. Porque só o islã pode vencer a islamofobia.
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