Doria estabelece modelo de “conselhos” para secretarias de São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 28/10/2016 09h34
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Na Câmara Municipal de São Paulo Agência Brasil João Doria - Agência Brasil

O prefeito eleito de São Paulo João Doria Jr. (PSDB) recebeu um “não” em importante pasta de seu secretariado paulistano, mas já criou uma estratégia para tentar contornar a negativa. As informações são da colunista Jovem Pan Vera Magalhães.

A secretária da Fazenda de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, conceituada no mercado financeiro, estava em negociação até esta quinta (27), mas recusou assumir a secretaria de Financças de Doria, alegando razões pessoais e de ordem familiar. O motivo principal, no entanto, apurou a colunista, foi o baixo salário na administração municipal. 

Ana Carla Abrão tem ganhado fama como uma boa gestora especializada em ajuste fiscal e corte de gastos e chegou a ser cotada para a equipe de Henrique Meirelles no ministério da Fazenda. Ela também é casada com Persio Arida, chairman do BTG Pactual, e tem um caminho de carreira na iniciativa privada.

Conselhos

Apesar de recusar o cargo, Ana Carla colaborará com a gestão Doria. O tucano vai criar um conselho de sete componentes para a Secretaria de Finanças. Eles vão atuar na discussão de políticas e propostas da pasta e Ana Carla Abrão Costa presidirá o conselho de Finanças. O cargo não será remunerado e não haveria impedimentos legais para a atuação dela.

Ana Carla também vai coordenar a transição na área das finanças da gestão Haddad para o governo do novo prefeito. Foi um jeito encontrado por Doria de contornar o “não” e ainda contar com essa gestora bem conceituada no mercado.

João Doria Jr. quer replicar esse modelo de conselhos nas 22 secretarias da cidade de São Paulo.

Educação

Doria também está com dificuldades na área da educação. Mozart Neves Ramos, diretor no Instituto Ayrton Senna, preferido de Doria, foi convidado, mas está com dificuldades para aceitar o convite. O principal empecilho também é o salário.

O Instituto Ayrton Senna é uma ONG, mas paga salários compatíveis a executivos de grandes empresas.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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