Dos R$ 4 bi anunciados por Dilma em 2011 para combater o crack, menos da metade foi executado

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2015 20h13

Pergunta: Um consumidor de crack é também uma vítima do marketing político dos governantes?

Resposta: Você se lembra da campanha política em 2014, a campanha para presidente, e se lembra muito bem da presidente Dilma Rousseff, falando no seu programa “crack, é possível vencer”, como uma grande conquista, um grande avanço no combate ao tráfico e consumo de drogas.

Pois é, agora o observatório do crack, uma ONG que reúne pesquisadores da Confederação Nacional dos Municípios e que baseia pesquisas em dados do sistema integrado da admnistração financeira para estados e municípios, apresenta uma conclusão absolutamente vergonhosa do desempenho do programa no governo da Dilma. Veja bem, ela tinha 18 metas e só cumpriu três em 3 anos.

Só atende a 2,2% dos municípios. Dos 4 bilhões de reais anunciados por Dilma em 2011 para atender ao crack, menos da metade foi efetivamente executada. De acordo com a ONG, o governo empenhou 3 bilhões e meio no programa, mas só pagou 1,9 nos três anos.

Dos 308 consultores de rua previstos para estar funcionando até dezembro, só 123 entraram em atividade. Dos 175 centros de atenção psicossociais de álcool e drogas 24 horas, só existem 59. Dos 3.600 leitos prometidos existem 800.

Esses números são retrato do descaso, da insensibilidade e da falta de compromisso com a sáude da população e com a verdade das promessas que se faz. Uma coisa é marketing de campanha, aí chega o marqueteiro João Santana, o patinhas do Bendegó, e faz quadros belíssimos, passa filmes de consumidores de drogas sendo tratados, quando na realidade a coisa é diferente. É uma conjunção de mentira, disfarçatez e incompetência e incapacidade de gestão.

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