É impossível ser sectário e universal ao mesmo tempo

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2016 11h20
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O candidato ao cargo de governador do Rio de Janeiro, classificado para o 2º turno, Marcelo Crivella (PRB, fala à imprensa (Fernando Frazão/Agência Brasil) Fernando Frazão/Agência Brasil Marcelo Crivella em 2014 - ABR

Após rebater críticas sobre frases difamatórias escritas contra o catolicismo e religiões afro em livro de 2002, o candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB) passa a responder publicamente pela música “Um chute na heresia”, lançada em CD em 1998.

Na canção, relembrada pelo jornal Folha de S. Paulo, Crivella faz alusão ao triste episódio em que outro bispo da Igreja Universal chutou ao vivo em rede nacional uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, no dia do feriado da santa, três anos antes, em 1995.

“Na minha vida dei um chute na heresia / Houve tanta gritaria de quem ama a idolatria / Eu lhe respeito meu irmão, não quero briga / Se ela é Deus, ela mesmo me castiga”, escreveu e canta Crivella, em referência a Maria. 

O candidato, por sua vez, diz que “amadureceu” e que a política o ajudou a ter uma “visão mais abrangente da vida”. Ele cita outra música dele mesmo, em homenagem a Maria, mãe de Jesus.

Joseval Peixoto lembra que o termo “universal”, que denomina a igreja à qual pertence Crivella, significa “unidade dentro da diversidade”.

“Vamos esperar que ele tenha realmente evoluído. Porque é impossível ser sectário e universal ao mesmo tempo”.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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