Eduardo Cunha pode ser solto

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2017 09h38
BRA100a. BRASILIA (BRASIL), 19/10/2016.- El expresidente de la Cámara Baja de Brasil Eduardo Cunha (3d) camina, luego de ser detenido, hacia un avión de la Policía Federal, rumbo a la ciudad de Curitiba donde quedará preso hoy, miércoles 19 de octubre de 2016, en Brasilia (Brasil), por orden del juez Sergio Moro, quien investiga su presunta participación en la red de corrupción que operó en Petrobras y de la cual se sospecha que recibió unos cinco millones de dólares, según confirmaron a Efe fuentes oficiales. EFE/ Cadu Gomes CORTE ALTERNATIVO EFE/Cadu Gomes Eduardo Cunha camiha até avião de Brasília a Curitiba ao ser preso na Lava Jato

O Supremo adiou a análise de pedido de revogação da prisão preventiva de Eduardo Cunha e a sessão volta nesta quinta (9).

É da maior importância esse pedido do ex-deputado de ter a prisão preventiva relaxada. O julgamento vem em um contexto maior, citado por Gilmar Mendes, de que as prisões temporárias em Curitiba estão se estendendo demais. O ministro Marco Aurélio Mello, que normalmente não se dá bem com Gilmar, concordou neste caso.

Isso deve ser tema de reflexão mais profunda do Supremo, a respeito da possibilidade de se prorrogar “ad infinitum” as prisões preventivas. Eduardo Cunha ainda não foi julgado e é mantido em prisão preventiva pelo juiz Sergio Moro por alegação de que ele poderia promover dissipação do patrimônio ou obstrução da justiça. Houve tentativa documentada de obstrução da justiça, por parte de Cunha, quando ele era presidente da Câmara.

Já preso, ao formular questões ao presidente Michel Temer, arrolado como testemunha de defesa, Cunha perguntou coisas que cheiravam a chantagem de uma eventual delação.

Surpreendentemente há um artigo de autoria de Cunha na Folha de S. Paulo nesta quinta (9) como se ele fizesse sua defesa nesse recurso que corre no Supremo. É como se ele tivesse permissão para sair do cárcere em Curitiba e ir até Brasília fazer a própria defesa. Cunha ataca o juiz Sergio Moro e diz que está sendo mantido preso “como um troféu” e elenca diversos dispositivos legais que estão sendo feridos com sua prisão.

A prevalecer a opinião de Gilmar Mendes, Cunha pode, sim, ser solto. Vamos ver como o Supremo vai se comportar nesse caso.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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