Eduardo Cunha pode ser solto
O Supremo adiou a análise de pedido de revogação da prisão preventiva de Eduardo Cunha e a sessão volta nesta quinta (9).
É da maior importância esse pedido do ex-deputado de ter a prisão preventiva relaxada. O julgamento vem em um contexto maior, citado por Gilmar Mendes, de que as prisões temporárias em Curitiba estão se estendendo demais. O ministro Marco Aurélio Mello, que normalmente não se dá bem com Gilmar, concordou neste caso.
Isso deve ser tema de reflexão mais profunda do Supremo, a respeito da possibilidade de se prorrogar “ad infinitum” as prisões preventivas. Eduardo Cunha ainda não foi julgado e é mantido em prisão preventiva pelo juiz Sergio Moro por alegação de que ele poderia promover dissipação do patrimônio ou obstrução da justiça. Houve tentativa documentada de obstrução da justiça, por parte de Cunha, quando ele era presidente da Câmara.
Já preso, ao formular questões ao presidente Michel Temer, arrolado como testemunha de defesa, Cunha perguntou coisas que cheiravam a chantagem de uma eventual delação.
Surpreendentemente há um artigo de autoria de Cunha na Folha de S. Paulo nesta quinta (9) como se ele fizesse sua defesa nesse recurso que corre no Supremo. É como se ele tivesse permissão para sair do cárcere em Curitiba e ir até Brasília fazer a própria defesa. Cunha ataca o juiz Sergio Moro e diz que está sendo mantido preso “como um troféu” e elenca diversos dispositivos legais que estão sendo feridos com sua prisão.
A prevalecer a opinião de Gilmar Mendes, Cunha pode, sim, ser solto. Vamos ver como o Supremo vai se comportar nesse caso.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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