Em alto e bom som: basta de chavismo!
Em alto e bom som: basta de chavismo, que Nicolás Maduro seja enxotado do poder em um plebiscisto revogatório. O povo venezuelano merece sua independência e no 7 de setembro os brados por liberdade foram….silenciosos, pelo menos em Caracas.
Na quarta-feira, os residentes da capital foram conclamados pela oposição a parar o que estavam fazendo por 10 minutos em um protesto simbólico contra Maduro, o impopular, o infame, o aloprado (pelas pesquisas, ele tem 15% de aprovação popular).
O gesto fez parte da pressão permanente para a realização do plebiscito revogatório, com o regime fazendo o que pode para impedir que aconteça antes de 10 de janeiro de 2017, pois, depois desta data, assume o vice chavista em caso da esperada derrota de Maduro.
Como parte desta pressão permanente, os protestos se expandiram na quarta-feira para as províncias. Na quarta-feira da semana passada fora a “tomada” de Caracas, um tremendo sucesso, apesar dos esforços do regime para bloquear e intimidar os manifestantes.
Por alguns cálculos, até 1 milhão de pessoas nas ruas, na maior manifestação popular já realizada contra o chavismo, hoje falido, mas ainda uma perigosa fera, capaz de matar e ferir com suas forças de segurança e milícias.
Maduro é inimigo da realidade e da sanidade. Ele insiste que somente o “aprofundamento” da revolução irá resolver os problemas cada vez mais aflitos de carestia, de falta de remédios e de esperança. Um protesto gigante ou paralisia por 10 minutos fazem parte desta pressão. Mas o regime sentiu o golpe em um gesto aparentemente pequeno na sexta-feira passada.
Maduro e seu séquito apareceram na humilde Villa Rosa, na turística ilha Margarita, que costumava ser um bastião chavista. E as coisas não seguiram o figurino em torno da fajuta inauguração de casas populares reformadas. Emergiram as imagens do presidente perdendo a paciência ao ser perseguido por dúzias de manifestantes furiosos, batendo panelas e gritando slogans contra o governo.
Maduro precisou fugir dos manifestantes, mas as imagens se tornaram virais, ilustrando a cada vez mais frágil autoridade chavista e uma oposição cada vez mais vigorosa. A imagem ridícula de Maduro botado para correr pode ser desestabilizadora para um autocrata. É um clichê perguntar: é o começo do fim? O fato é que existe um senso de urgência na Venezuela.
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