Em Brasília, o impotente Lula ainda ronca papo. Vai assistir de perto à derrocada
Luiz Inácio Lula da Silva, nesse pós-climatério político, está se saindo um notável trapalhão. Mas, ainda assim, ousa dar lições de política a aliados e a adversários. Acho notável como a sua turma consegue plantar notícias na imprensa, sugerindo que ele pode estar na ofensiva de alguma coisa. Então vejamos.
A partir desta quarta-feira, Lula passa a ser assunto da 13ª Vara Federal de Curitiba, sob os cuidados de Sergio Moro. A Inês de Castro do governo Dilma — aquele que foi ministro sem nunca ter sido — perdeu o direito àquilo que já não tinha: o foro especial por prerrogativa de função.
Explica-se: a compra do silêncio de Nestor Cerveró, pela qual o Babalorixá de Banânia também é investigado, só estava no Supremo porque Delcídio do Amaral, estrela no mesmo inquérito, tinha direito a ser processado pelo tribunal. Agora, os dois migram para Curitiba.
Mas, ora vejam, o investigado não se faz de rogado, e seus porta-vozes anunciam que ele está a organizar a oposição. Não sabe direito o que propor. Os petistas pretendem insistir ainda na tese das eleições agora, mas sabem ser isso difícil.
Lula está imaginando saídas. Uma delas seria imitar aqui a chamada Frente Ampla, que uniu as esquerdas do Uruguai, um país cuja população é igual à do Rio Grande do Norte (3,4 milhões), com um território ligeiramente maior do que o do Acre. Ele também estaria em dúvida se lança uma campanha parecida com as Diretas-Já. Em suma, está mais perdido que petista demitido de cargo de confiança em estatal.
Uma coisa é certa: o ex-presidente pretende ser o comandante da agitação e o líder maior da oposição a Michel Temer. Tomara que seja verdade! Caso se comporte com a competência e a eficiência até agora demonstradas, melhor para o Brasil. Porque ele vai quebrar a cara. Querem ver?
Lula não teria gostado nada da patuscada em que se meteram José Eduardo Cardozo e o deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que tentaram anular a votação do impeachment na Câmara. Nem era para gostar, claro! Foi um desastre. Mas cabe a pergunta: e quando ele próprio se meteu num quarto de hotel em Brasília e, mesmo sem função oficial no governo, começou a distribuir cargos?
Ora, é evidente que a tentativa de Lula de ser um superministro e de, na prática, assumir a Presidência da República acabou acelerando a queda de Dilma. Como aqui se disse tantas vezes, a inciativa era de tal sorte absurda, exótica, que, das duas, uma: ou o processo político repudiaria o procedimento inconstitucional e anti-institucional ou se ajoelharia diante do chefão. E aqui se previu que haveria repúdio.
Por mais que Lula e os petistas queiram jogar as responsabilidades todas nas costas de Dilma, ele e o PT respondem por muitas das trapalhadas que vão depor a presidente.
E é este senhor que anuncia uma resistência como nunca antes na história “destepaís”. Bem, o que se viu nesta terça e veremos nesta quarta são algumas dezenas de baderneiros e desocupados, todos a serviço do PT, contribuindo para infelicitar ainda mais a vida dos brasileiros.
Será esse o padrão da “resistência”? Até torço para que seja: é o melhor caminho para a destruição total do PT, o que será uma bênção para o Brasil.
Ah, sim: o homem está em Brasília, naquele quarto de hotel! Quer assistir de perto à derrocada.
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