“En guarde!” Chance suicida de Le Pen vencer Macron não pode ser desprezada

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 05/05/2017 08h11
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FRAN203- PARÍS (FRANCIA), 3/05/2017.- Seguidores del candidato presidencial socioliberal del movimiento En Marche !, Emmanuel Macron, siguen en un bar el debate televisivo ante la candidata ultraderechista a la presidencia por el Frente Nacional, Marine Le Pen, hoy, miércoles 3 de mayo de 2017, en París, Francia. Ambos aspirantes se enfrentarán en la segunda vuelta de las elecciones presidenciales francesas a realizarse el próximo 7 de mayo. EFE/IAN LANGSDON EFE/Ian Langsdon Eleitores acompanham debate presidencial entre Marine Le Pen e Emanuelle Macron

Existem as boas notícias, mas nem pensar em celebrações prematuras.

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Num brutal diálogo de surdos, o otimista Emmanuel Macron derrotou a furiosa Marine Le Pen no único debate televisionado entre os dois candidatos presidenciais franceses na quarta-feira à noite e as pesquisas mostram uma vantagem folgada, na faixa de 20 pontos, do candidato centrista sobre a extremista de direita. Eu, aliás, gosto da formulação do jornal espanhol ABC: é o embate entre a sociedade aberta e o bunker ultranacionalista.

Então, tudo acabou antes de começar no domingo de votação? Claro que não. Nada de complacência. A revista The Economist adverte que uma surpresa “catastrófica” é possível e por este motivo os eleitores devem se unir contra Marine Le Pen.

Venenosa, a revista que é campeã da globalização e do projeto europeu, como Macron, diz que casas de apostas dão uma chance de vitória para a xenofóbica Marine Le Pen de um em seis…como na roleta russa.

Sim, a candidata da Frente Nacional é um jogo suicida com sua mistura de intolerância e fantasias econômicas, preservando um estado inchado e insistindo na sua míope visão protecionista. Já, como enfatiza a Economist, Macron promete realismo, reforma e a possibilidade de uma França mais dinâmica.

Surpresas virão caso a vitória de Macron seja dada de barato. Nada de descontar madame Le Pen. Seu eleitorado é motivado, enquanto muita gente votará em Macron para não votar em Marine Le Pen. Há uma grande percentagem de indecisos (acima de 15%) e uma propensão de puristas idiotas de extrema-esquerda e de conservadores a não votar num centrista de programa vago com seu prontuário elástico de ex-banqueiro e ex-ministro da Economia do desacreditado presidente socialista François Hollande.

A abstenção no domingo será uma praga que irá beneficiar Marine Le Pen. Macron precisa de um mandato retumbante para colocar seu governo em marcha e encarar de frente a malaise que torna tão potente o populismo de alguém como Marine Le Pen.

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