Enquanto Dilma não cai, o governo respira por aparelhos na UTI
Se a presidente Dilma tivesse a mesma disposição para salvar o país que tem para salvar a própria pele, o Brasil estaria em boas mãos. Mas, esse não é o caso.
Em seu segundo mandato, a petista só tem olhos para… o próprio mandato. Governar que é bom, nada.
Todas as energias da presidente, todo seu empenho, estratégias e decisões são voltadas unicamente para evitar o impeachment. Enquanto isso, o país segue como uma nau sem rumo, sem direção. Até mesmo a tal reforma ministerial, que deveria colocar, no rumo, a governança, foi usada, unicamente, para conquistar apoios contra o impeachment no Congresso.
Neste fim de semana, a presidente se reuniu duas vezes com os ministros, uma no sábado e outra no domingo, só para discutir estratégias contra o impeachment. Enquanto isso, a economia vai de mal a pior, as contas estão no vermelho, o desemprego segue batendo recordes e a inflação de vento em popa.
Na terça-feira, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha deverá anunciar sua decisão sobre o pedido de afastamento da presidente feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior, e que tem o apoio maciço da oposição.
Cunha está sob fogo cruzado, acuado por suspeitas de corrupção, e pode ser que essa seja sua última cartada política contra Dilma Rousseff. Se o presidente da Câmara negar o pedido de impeachment, os deputados ainda poderão recorrer da decisão e, em plenário, por maioria simples, votar pela aceitação.
Para fundamentar o impeachment, a oposição já tem as pedaladas fiscais e a reprovação das contas da presidente pelo Tribunal de Contas. E a lei 1.079/50 é clara. Poderá perder o cargo o presidente da República que cometer crime de responsabilidade, atos que atentem contra a probidade administrativa e a Lei orçamentária.
Enquanto Dilma não cai, o governo respira com ajuda de aparelhos.
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