Esse é o destino da civilização: o respeito à lei e não aos homens e aos ditadores
Promotores holandeses que integram o grupo que investiga a queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia começam a classificar o abatimento como um ato de guerra.
O mundo não pode aceitar passivamente um ato dessa natureza: um míssil contra um avião civil.
De acordo com o Direito Internacional, a Holanda pode processar qualquer indivíduo que tenha cometido crimes de guerra contra qualquer cidadão de seu país. Entre as quase 300 vítimas do avião, 193 eram cidadãos holandeses.
Grupo formado por 15 membros do Conselho de Segurança da ONU resolveu condencar a derrubada do MH17, aprovando por unanimidade uma resolução, elaborada pela Austrália, que perdeu também 28 cidadãos, exigindo a responsabilização de quem tem culpa no cartório.
Também o presidente da Comissão Europeia, João Masnuel Barroso, classificou a destruição da aeronave como “muito grave”.
Existem um tribunal penal internacional, para punir indivíduos e não governos.
O primeiro foi o de Nuremberg, para julgar os nazistas. Temos dois, um em Haia, e outro para punir os crimes de Ruanda.
Sete nações votaram contra a existência do tribunal, entre elas China e EUA e outras mais de duas dezenas se abstiveram de votar.
Mas esse é o destino da civilização: o respeito à lei e não aos homens e aos ditadores.
A liberdade curiosamente é um paradoxo: nós somos escravos da lei para que possamos ser livres.
Os hexegetas dizem: “a lei quase sempre é mais sábia que o legislador”.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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