Estados Unidos estão diante de mais um infrutífero debate sobre controle de armas

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2015 08h51
EFE Atiradores matam 14 em San Bernardino

A revista The Economist mais uma vez foi alvo na sua reportagem sobre a chacina em São Bernardino, na Califórnia, mais uma chacina americana. Com o assassinato de 14 pessoas por um jovem casal, os Estados Unidos estão diante de mais um infrutífero debate sobre controle de armas, crime violento e a integração de muçulmanos na sociedade. Foi o maior massacre desde o ocorrido há três anos em uma escola no estado de Connecticut.

Claro que este caso rapidamente se mostrou diferente, mais complicado, com a possível motivação de terror islâmico. O próprio presidente Obama que fora rápido no gatilho na quarta-feira para mais uma vez se concentrar na necessidade de mais controle de armas, na quinta-feira foi mais cauteloso e admitiu que a chacina possa estar relacionada com terror.

Existem sinais de que Syed Farook, morto com a mulher Tashfeen Malik, depois de praticarem o massacre, se radicalizou na religião e esteve na Arábia Saudita. Ele era cidadão americano, nascido em Chicago, de família paquistanesa. Ela nasceu no Paquistão. Confirmado o cenário de terror islâmico, teremos ainda mais intensidade no debate sobre acolhida de refugiados sírios no país, que se tornou uma bandeira de luta dos republicanos.

Eles argumentam que a acolhida deve ser suspensa por motivos de segurança nacional, o que é rejeitado pela Casa Branca. Obama insiste que a triagem é rigorosa e que hostilidade contra muçulmanos é ferramenta de recrutamento para grupos terroristas como o Estado Islâmico, responsável pelo massacre em Paris em 13 de novembro, 130 mortos.

No tiroteio político sobre armas não há muito a fazer. Os republicanos consideram sagrado o direito à compra e porte de armas, enquanto os democratas cada vez mais consideram a cultura de armas uma mazela americana. Nas palavras de Obama, o padrão de tiroteios em massa não tem paralelos no mundo de hoje. Neste ano, a média é de mais de um tiroteio em massa por dia. As quatro armas usadas no massacre de quarta-feira foram adquiridas legalmente.

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