Estarrecedor depoimento mostra como empresas compraram o Estado brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2017 10h55
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Agência EFE Fachada da Odebrecht - EFE

Não deve sobrar pedra sobre pedra com o depoimento dos 78 executivos da Odebrecht.

Outra coisa é ler o depoimento. Quando você lê, tem ideia de um grupo empresarial poderosíssimo no Brasil e no mundo que tinha toda uma estrutura voltada a pagar propinas e financiar um partido que estava no poder com vistas a melhorar o seu desempenho empresarial.

Um dos depoimentos mais ilustrativos nesse sentido é de Hilberto Mascarenhas, ex- chefe do Setor de Operações Estruturadas (o setor de propinas) da Odebrecht.

Quando surgiu em 2006, o departamento dispunha de US$ 70 milhões por ano para fazer os pagamentos de propinas. Em 2013, já pagava US$ 730 milhões/ano. Nos governos Lula-2 e Dilma-1, a empresa pagou US$ 3,4 bilhões de dólares.

“O senhor não faz uma operação de US$ 20 milhões nesse mundo hoje. No mundo hoje, o senhor não faz. Então o senhor tem que criar vários caminhos para fazer esses pagamentos”, disse Hilberto.

Era uma prática disseminada na empresa comprar o Estado brasileiro.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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