EUA terão o ano do voto de protesto

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2016 07h17
Montagem sobre fotos/EFE Donald Trump e Hillary Clinton mantiveram suas vantagens e trocaram acusações sobre combate ao terrorismo

 Pela enésima vez, eu começo um boletim aqui na Jovem Pan sobre a corrida eleitoral presidencial americana, constatando que os dois candidatos em novembro são altamente impopulares. Será o ano do voto de protesto. Muitos eleitores estarão votando contra a democrata Hillary Clinton ou contra o republicano Donald Trump.

Mas vamos além deste quadro melancólico. Vamos falar de assombração. Sim, ambos os candidatos são impopulares, mas no título do editorial de segunda-feira do jornal The Washington Post, somente um deles é uma ameaça.

Trumpistas vão disparar o gatilho e fulminar Hillary. Sim, a bagagem da ex-primeira-dama é pesada. Ela simplesmente não consegue dissipar a reputação de desonestidade. Mas, ela é um mercadoria conhecida. Precisamos ter uma dose de cinismo sobre a classe política. Já as pessoas de bom senso, e espero que sejam a maioria em novembro, estão simplesmente assustadas com a insensatez Donald Trump.

Ele empreende uma campanha baseada em intolerância, ignorância e ressentimento. Suas propostas são ofensivas e incoerentes. Difícil qualificá-lo de direitista ou esquerdista, liberal ou conservador. Trump é trumpista Ele carece de experiência no setor público, é infatigável para negar fatos elementares e disseminar falsidades com cara de pau.

Trump é incapaz de pedir desculpas por erros que acontecem em qualquer campanha como tuitar uma ilustração de cunho antissemita que aparecera inicialmente em um site neonazista. No horror contínuo do espetáculo Trump, ele está plenamente à vontade para elogiar alguns dos piores ditadores do século 20, como Saddam Hussein.

O Washington Post conclui seu editorial de forma fulminante: Mr. Trump é um perigo para a república.

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