EUA: um presidente parece pouco; com três, situação fica intolerável

  • Por Caio Blinder
  • 15/06/2016 10h56
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EFE Barack Obama - EFE

 O Brasil tem uma presidente afastada e um presidente tentando tomar o pulso das coisas. Os EUA são um país “privilegiado”. A sensação é de três presidentes na ativa. O formal parece inerte, com a mensagem de “oh vida, oh azar”. A realidade fugiu ao seu controle. Cauteloso e deliberativo, Barack Obama enfatiza a necessidade de mais controle de armas para combater o terror e alerta que será uma longa luta. Isto no contexto do massacre em Orlando, no domingo passado.

A candidata democrata Hillary Clinton pode ser chamada de Obama 2.0. Dá uma revigorada no tom enfastiado do presidente de plantão. Tem um plano para combater o terror, inclusive incrementando a luta no Siraque (a região na Síria e no Iraque ocupada pelos terroristas ensandecidos do Estado Islâmico) e mais foco para alvejar os chamados “lobos solitários” do terror. 

Hillary, obviamente, sempre tem uma mensagem talhada ao que a base democrata deseja, portanto, existem limites para projetar o poder e o arsenal americano no exterior. Nem pensar, então, na ideia de uma intervenção militar na Síria ou no Iraque ao estilo das invasões do Afeganistão e do mesmo Iraque. No entanto, podemos dizer que, em política externa, a ex-primeira dama tem posições mais duras do que as de Obama.

E, claro, temos o terceiro presidente. Donald Trump não tem um plano. Tem atitude, racismo e infâmias impraticáveis como barrar a imigração de muçulmanos, além de negativa total ao mínimo controle de armas e o pendor para teorias conspirátórias como sugerir que Obama é cúmplice do terror.

Um presidente parece pouco, com dois, não dá, e com três (se incluirmos Trump) é intolerável. Para o demagogo bilionário, um impeachment preventivo é imprescindível.

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