Eurasia é taxativa: Dilma sobrevive ao processo de impeachment
No título do seu relatório, a influente consultoria de risco Eurasia é taxativa: Dilma Rousseff vai sobreviver ao processo de impeachment.
O processo foi finalmente autorizado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e com isso a crise política e econômica no Brasil entra em uma zona de incerteza ainda mais intensa, sem falar das emoções nas ruas.
No entanto, a Eurasia, em seu relatório destinado a instituições públicas e privadas no mundo inteiro, mantém seu habitual tom cerebral.
No raciocínio da Eurasia, Dilma pode até se beneficar indiretamente de um processo de impeachment antes que o pior das investigações da Operação Lava-Jato venha à tona e antes que a recessão econômica se aprofunde.
Para a Eurasia, pode parecer contra-intuitivo argumentar que o processo de impeachment beneficie a presidente, mas caso seja apressado isto pode acontecer pela dificuldade que os defensores do impeachment consigam arregimentar os 2/3 de votos necessários na Câmara dos Deputados.
Em sua reportagem sobre a decisão de Eduardo Cunha, o influente jornal Financial Times cita justamente o relatório da Eurasia para questionar se a oposição está preparada para vencer a parada. A Eurasia estima que o processo de impeachment seria um negócio pior para Dilma Rousseff se fosse deflagrado no ano que vem quando os problemas econômicos, políticos e policiais deverão se agravar para a presidente.
A Eurasia, uma respeitada consultoria de risco, portanto, arrisca que Dilma irá sobreviver ao processo de impeachment. Isto não significa um porto seguro para a presidente na turbulência brasileira.
A crise é um rojão e somente se agrava. A Eurasia mantém uma probabilidade de 40% que Dilma não termine o seu mandato e a consultoria ressalta que que se trata de uma estimativa alta para um país com sólidas instituições democráticas como o Brasil.
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