Existe oposição da imprensa para criminalizar o PT?
Existe realmente uma tentativa da oposição, da imprensa, de criminalizar o PT nesse noticiário bastante vasto e negativo da roubalheira na Petrobrás, também conhecida como petrolão?
O Brasil ainda estava se refazendo da notícia de que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi levado à força para depôr na PF sobre uma eventual participação sua para receber de 150 a 200 milhões de dólares para o partido, em propinas da Petrobrás, quando os meios de comunicação disseminaram pelo país a afirmação do Rui Falcão, presidente nacional do PT, dizendo que é uma tentativa de criminalização do partido através da figura do Vaccari.
O partido soltou uma nota oficial dizendo que as novas declarações de um ex gerente da Petrobrás seguem a mesma linha de outras feitas em processos de delação premiada. As denúncias têm como principal característica, segundo o PT, a tentativa de envolver o partido em acusações feitas sem provas ou sequer indícios de irregularidade, portanto não merecem crédito.
Isso não é verdade. Todas as provas contra Vacari e o PT foram produzidas em delações premiadas. O delator premiado, se não apresentar a prova, simplesmente perde o prêmio da delação e há uma documentação farta sobre isso, se não João Vaccari não seria levado a depôr coercitivamente. Agora, o que acontece é o seguinte: o João Vaccari soltou uma nota e deu explicações para o partido – por que ele não fala com a imprensa?- que o PT tem feito recolhimento de doações dentro da lei partidária.
Ele esqueceu que, lá na cadeia, está o antecessor dele que declarou que tudo isso eram recursos não contabilizados. Esse eufemismo era pra definir caixa dois, contabilidade paralela, que, como deixou bem claro no julgamento final do mensalão, a ministra Carmem Lucia, do STF, é crime e não pode ser praticado por partido político, por empresário, por cidadão nenhum.
Acontece que não há uma conspiração que possa ser bem efetivada havendo tanta coincidência de informação de documento. Tudo o que os delatores premiados, Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e tantos outros empreiteiros, inclusive, deram informações que confirmam e nunca desmetem umas as outras.
Isso leva a crer que é o contrário do que disse Rui Falcão. Como você sabe, meu amigo, ouvinte da Jovem Pan, e nesta sexta-feira, 6, eu tenho orgulho de dizer que pertenço à equipe que produziu o primeiro editorial, o escândalo Lulo-Petista na edição do Estado do dia.
O Estado, que se posicionou contra a ditadura militar num famoso editorial, chamado “Instituições em Frangalhos”, hoje voltou a fazer história no Brasil ao lembrar coisas que são evidentes, mas que não são lembradas nem mesmo no próprio noticiário. É de que não houve uma associação casual de eventos de geração espontânea, houve um plano que foi realizado, um plano de manutenção do poder, igual ao plano do mensalão, mas numa dimensão muito maior.
Esse plano é um plano de permanência no poder de uma nomenclatura, ou seja, de uma elite burocrática, a serviço de si mesma. A elite burocrática dirigita pelo ex-presidente Lula e pela atual presidente Dilma, que já até trocou o presidente da Petrobrás tentando se proteger da lama.
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