Fachin toma posse com buzinaço e sem Dilma
Pergunta: O que há a destacar no fato de que, agora, como convém, o Supremo Tribunal Federal tem onze juízes e não falta mais niguém para ter quórum para votação?
Resposta: Até que enfim, depois de quase um ano, o doutor Joaquim Barbosa, que foi relator da famosa ação penal 470, o mensalão, e presidente do Supremo, e que é uma das figuras mais populares do Brasil, por causa de sua postura no combate a corrupção, foi substituído no Supremo.
O supremo passou um tempão com dez membros, por que a presidente Dilma exitou muito em indicar o sucessor, no meio de uma crise de política e de sua tradicional indefinição, até que se definiu pelo advogado Luiz Edson Fachin.
Fachin tomou posse nesta terça-feira, cercado por muitas polêmicas além desta da enorme duração do intervalo sem juíz. Houve uma reclamação muito grande, inclusive de membros do supremo em relação a essa inércia da presidente.
Ele tomou posse sem a Dilma; a presidente enfrentou uma grande oposição para indicá-lo e depois não foi a sua posse. Do lado de fora do tribunal, houve um buzinaço de duas horas; e, sobretudo, a posse foi marcada pela presença de Renan Calheiros, presidente do Senado, e Luis Eduardo Cunha, presidente da câmara.
Não tanto porque os dois são, hoje, principais líderes de uma oposição que não existe no Brasil ao governo Dilma, mas principalmente pelo fato de que ambos estão sendo investigados na Operação Lava Jato, que apura a devassa do chamado petrolão, e que o ministro que toma posse, Fachin, vai participar de uma turma que, exatamente, julgará especificamente seus casos.
Percebe-se, e inclusive isso foi noticiado, que os processos estão parados. Especula-se que o procurador geral Janot não movimentou esses processos, por que espera ser reconduzido e não quer ter nenhuma marola a respeito, mas o fato é que a presença de Renan e de Cunha, é uma presença, no mínimo, cínica. Mas qual é a novidade do cinismo na política da república Brasileira?
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