A fácil e apaixonante língua portuguesa
Hoje é dia mundial da língua portuguesa. E, para celebrar, o público de São Paulo poderá assistir no saguão da estação da Luz a espetáculos de poesia e música. A língua portuguesa é a sexta língua mais falada do mundo, atrás apenas de inglês, espanhol, mandarim, hindi e árabe.
É muito fácil a língua portuguesa. Depende do professor que você tem. Daí vem a omissão do poder público.
Nos quatro anos de ginásio, não aprendi o português. Já em São Paulo, encontrei um grande professor no cursinho e vi o que não vira em quatro anos, os pilares da língua portuguesa: o substantivo, adjetivo, verbo, advérbio e a conjunção.
O que é “meu”, pronome ou adjetivo? Nenhum dos dois. Depende da função que exerce na frase, explicou o professor.
O adjetivo necessariamente está colado no substantivo. Por exemplo, “o meu livro é bom”.
Já pronome é o que se põe no lugar do nome.
“Para” é preposição? Depende da frase.
Quem é motorista? Você está guiando e “para” o carro.
Se não tiver substantivo atrás não é preposição.
“Vim para ficar”. Este “para” é uma conjunção final. “Vim ‘a fim’ de ficar”.
Está errado “estou meia cansada” porque o advérbio “meio” é invariável.
O sujeito é sempre um substantivo. E um substantivo sem preposição. “A maior parte das pessoas”.
Mas se você falar “viver é lutar”, o verbo “viver” exerce a função de um substantivo. Por isso essa oração é uma oração reduzida infinita substantiva, em que o verbo substitui o substantivo.
Aprendi os pilares da língua portuguesa, mas fiquei fascinado com poema de Manuel Bandeira:
“A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Porque ele é que fala gostoso o português do Brasil
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada”
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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