A falta de saneamento básico é uma vergonha nacional

  • Por Jovem Pan
  • 23/01/2017 14h36
Valter Campanato/ABr Falta de saneamento básico ABR

Joseval Peixoto destacou em seu comentário final o editorial do Estadão, “Uma Vergonha Nacional”, sobre os dez anos de lei que estabeleceu as diretrizes nacionais para o saneamento básico no Brasil.

Confira os trechos destacados pelo comentarista:

À época definiu-se que até 2033 todos os cidadãos brasileiros tivessem o direito de viver num local com acesso à água encanada e rede de esgoto.

Porém um estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), projeta para 2054 a o nosso direito a morar em uma casa que tem rede de esgoto e água encanada.

“Hoje, 82,5% dos municípios brasileiros têm acesso à água encanada e menos da metade (48,6%) dispõe de sistemas de coleta de esgoto. O índice de cidades que tratam adequadamente os seus dejetos é ainda mais desolador: apenas 39%”.

Em função do dramático quadro de crise econômica por que passa grande parte dos municípios brasileiros, muitas prefeituras não têm acesso a crédito e a parcerias com potenciais investidores para tratar desse assunto.

Os danos mais evidentes atingem a saúde pública e são coisas corriqueiras como diarreia e vômito, não raro levam a outros mais graves, como os quadros de severa desidratação que podem ser fatais.

A questão ainda se torna particularmente crítica diante da proliferação de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A falta de saneamento básico afeta diretamente a economia e a educação.

O Brasil figura como a nona economia mundial, mas ocupa a 112.ª posição num ranking de saneamento composto por 200 países. É impensável que uma educação de qualidade possa florescer num ambiente onde os alunos convivem com esgoto a céu aberto.

“O saneamento básico é um direito fundamental do cidadão. Cabe à sociedade organizada cobrar vigorosamente do poder público – em todas as esferas de governo – ações no sentido de resolver de uma vez por todas esse gravíssimo problema nacional. E cabe aos governantes enfrentar com urgência e seriedade o estado vergonhoso em que se encontra a oferta de um serviço público essencial aos cidadãos brasileiros”, termina o editorial.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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