Falta motivação política para acudir quem passa frio nas ruas de SP

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2016 14h52
São Paulo - Pessoas em situação de rua na Praça da Sé, região central.(Rovena Rosa/Agência Brasil) Rovena Rosa/Agência Brasil Moradores de rua enfrentam madrugada mais fria em 12 anos em São Paulo

Joseval Peixoto comenta uma matéria da Folha de S. Paulo que constrange São Paulo: moradores de rua seguem órfãos sob Haddad.

Censo de 2015 mostra que há mais de 15 mil moradores de rua em São Paulo e apenas 8 mil abrigados. O número é parecido com o índice do tempo de Kassab.

Há o relato de um homem que diz que o frio está tanto que não pode abrir ou fechar a mão. Quem recorre aos abrigos é obrigado a sair correndo às 6h. Às vezes a Assistência Social leva as pessoas a um bairro distante da cidade e o abrigo não existe. Os abrigos também não oferecem lugares para famílias e para as carrocinhas ou os aninmais.

Os albergues são fedidos, a comida é pouca e ainda a pessoa corre o risco de pegar uma tuberculose, relatam os frequentadores.

O que falta é um projeto histórico de governo, uma vontade política de governo. Foram até agora cinco mortes nesse frio de outono.

Seria bom para São Paulo o acolhimento de todo esse pessoal, quem sabe com a possibilidade de restaurar alguns deles para a vida formal.

A resignação poética de adoniran Barbosa, de que “Deus dá o frio conforme o cobertor”, tem que ficar na poesia. 

O que se precisa é de coragem e motivação política para acudir essa gente. São mais de 10 mil pessoas abandonadas pelo centro da cidade.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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