Fator Marina na candidatura de Eduardo Campos deve ser observado em breve
Será que, agora que a Marina Silva foi lançada como vice de Eduardo Campos, a candidatura do ex-governador de Pernambuco e presidente do PSB decola?
Eu achei bastante ajuizada e também muito sensata a entrevista que Mauro Paulino, sociólogo e principal executivo da Datafolha, deu a respeito da próxima eleição. A próxima eleição, segundo ele, está muito indefinida porque há um altíssimo índice de mudança, desejo de mudança ao qual os candidatos de oposição não atendem, nem a presidente Dilma Rousseff.
Nesse cenário, não foi dito, mas fica claro que a participação de Lula pode vir a mudar o quadro. O maior depositário de esperança no Brasil é Lula, apesar de ele ter indicado Dilma, apesa de ele ter sido o principal eleitor de Dilma.
Mauro Paulino lembra na entrevista à Veja que essa situação não existe, quer dizer, Dilma agora corre com as próprias pernas. E essas pernas estão muito debilitadas. E ele reconhece que o escândalo da Petrobras pode fazer muito mal à ambição de reeleição dela. Agora, para que isso aconteça, ela precisa ir, pelo menos, para o 2º turno, porque, se ela ganhar no primeiro turno, adeus, babau, como se diz na minha terra – os americanos dizem bye bye.
Para a oposição ir para o segundo turno, um dos candidatos, o Aécio ou o Eduardo Campos, é que vai ter que disputar isso com ela. O Mauro Paulino chama a atenção para a presença dos 19 milhões de votos que Marina Silva teve na última eleição e, até agora, esses eleitores não se pronunciaram definitivamente a favor de Eduardo Campos nas pesquisas, o que o mantém ali entre 10 e 12% da preferência. No entanto, ele acredita, com a especialidade dele, com a experiência que ele tem em eleição, que isso venha a acontecer mais dia, menos dia.
Então, é preciso observar com muita atenção, a partir de agora, com a consagração da Marina como vice de Eduardo, ou seja, Marina já oficializada na chapa de Eduardo Campos, para ver como é que se comporta, se realmente os índices de preferência de votos pelo neto de Miguel Arraes sobem.
Aécio parece destinado a este patamar em que ele está; não há nenhuma novidade – seu principal eleitor, Fernando Henrique, exerce uma grande atração ao eleitor comum. E o grande fato da eleição, como ele lembra, não é mais tanto Economia, mas a Copa. E, não o resultado da Seleção, dos jogos da Seleção; e, sim, o questionamento do Brasil como organizador e construtor dessa Copa. Além disso, o fator Marina pode ser observado já nas próximas pesquisas.
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